Arthur de Faria lança livro sobre a música de Porto Alegre
Lançamento com sessão de autógrafos ocorre nesta terça-feira na PocketStore
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No primeiro volume de “Porto Alegre: uma biografia musical”, o reconhecido músico e jornalista Arthur de Faria conta a história da música popular da capital gaúcha desde o início do povoamento até a Era do Rádio, passando pelo folclore açoriano, pelos vários carnavais, pelas junções de rua, pelo surgimento dos primeiros espaços culturais e pela era do jazz. O lançamento terá uma sessão de autógrafos com a presença do artista nesta terça-feira, dia 4 de outubro, na PocketStore Livraria (Rua Félix da Cunha, 1167), a partir das 18h.
A obra também analisa a rápida expansão populacional, a gradual redução da população escravizada e os recortes de raça e classe no acesso aos bens culturais e à visibilidade artística. O texto reflete mais de três décadas de envolvimento do autor com o assunto, revirando os mais variados acervos e entrevistando personagens e pesquisadores em busca dos relatos, textos, imagens e sons que o ajudassem a reconstruir essas memórias.
Em prosa solta e bem-humorada, o autor narra a formação da cidade de uma perspectiva musical, porém indissociável dos acontecimentos políticos e sociais que se entrelaçam na narrativa.
A edição do livro foi viabilizada por meio de uma campanha de financiamento coletivo pelo Catarse, entre março e maio, marcando os 250 anos de Porto Alegre. O projeto teve o apoio de mais de 300 pessoas. A edição ficou a cargo da editora Arquipélago. Este volume 1 tem 320 páginas, em formato 16x23 centímetros e acabamento em brochura.
AUTOR
Arthur de Faria é músico, arranjador e compositor. Doutor em Literatura Brasileira pela Ufrgs com tese sobre Lupicínio Rodrigues, produziu 28 discos e dirigiu 12 espetáculos. Lidera a Tum Toin Foin Banda de Câmara e integra os grupos transnacionais Música Menor e Surdomundo Imposible Orchestra (com uruguaios, brasileiros e argentinos). Lançou 20 álbuns, EPs e singles e tocou em meia dúzia de países. Além disso, ele ministra cursos sobre música popular brasileira no Brasil, Argentina e Uruguai. Trabalhou 23 anos em rádio e três em jornal. Publicou ensaios, artigos, fascículos e livros sobre música popular – entre eles, “Um século de música no Rio Grande do Sul” e “Elis: uma biografia musical”.
Escreveu 52 trilhas para cinema e teatro em Porto Alegre, São Paulo e Buenos Aires. Entre os filmes para os quais compôs músicas está “A Primeira Morte de Joana”, de Cristiane Oliveira (2021). Outro é o longa-metragem “Severina”, do diretor Felipe Hirsch (2017), com quem tem longa parceria pelo trabalho no grupo teatral Ultralíricos.
