Artista visual lança nova coleção inspirada nas pinturas murais da Biblioteca Pública do Estado

Artista visual lança nova coleção inspirada nas pinturas murais da Biblioteca Pública do Estado

A coleção “Belezas Renovadas - edição 2023” tem autoria de Jeannine Art Wear

Correio do Povo

Sombrinha inspirada no teto do Salão Mourisco da Biblioteca Pública do Estado. O projeto de arte vestível de Jeannine Art Wear é baseado na preservação, seja da natureza, como do patrimônio e memória.

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A partir desta terça-feira, dia 18, uma exposição de arte vestível da artista Jeannine Art Wear inspirada no prédio da a Biblioteca Pública do Estado (BPE) abre para visitação até 26 de maio, no hall do segundo piso da BPE (rua Riachuelo, 1190), e integra as comemorações do aniversário de 152 anos da instituição.

A coleção atual, intitulada “Belezas Renovadas - edição 2023”, foi criada com base nas pinturas que estão surgindo, após o trabalho de restauração das pinturas murais do prédio histórico, que estavam cobertas com tinta cinza, desde 1956.

Além de conhecer o lançamento da nova coleção, os visitantes também podem conferir a retrospectiva das três coleções de estampas exclusivas inspiradas na arquitetura, vitrais e pinturas murais do prédio, transformadas em peças de vestuário e acessórios, que podem ser adquiridos no local.  Uma parte do valor arrecadado com a venda das peças é revertida para a Biblioteca, por meio da Associação dos Amigos da Biblioteca Pública do Estado (AABPE).

Estão em exposição as peças da Coleção Geral Biblioteca Pública RS: Capitulo I Miradas e Releituras, Capitulo II Dante Inspira , Capitulo III Segredos Revelados e Cap. IV Belezas Renovadas. O projeto de arte vestível de Jeannine Art Wear é baseado na preservação, seja da natureza, como do patrimônio e memória. A artista visual vem criando, desde 2015, coleções de arte têxtil, inspiradas em Porto Alegre, que passa de cenário à personagem, em suas estampas digitais autorais. No seu acervo de criações se destacam as Coleções inspiradas em detalhes do prédio da Biblioteca Pública Rio Grande do Sul, em constante ampliação. Nas criações podem ser observados os trabalhos de pesquisa dos vitrais e da arte decorativa das diversas salas que compõem o prédio da Biblioteca, transformados, então, em echarpes, golas, ergodress, túnicas, ecocapas, gravatas, e, recentemente, em sombrinhas e sacolas eco shopper.

Além de promover a conscientização patrimonial e a preservação da memória cultural da BPE, esse trabalho, transformado em arte têxtil, ao ser adquirido pelo público, tem parte da renda destinada à Biblioteca, para auxiliar em novas obras de restauro.

Sobre a artista

Jeannine Krischke é uma artista multimídia, graduada em Artes pela UFRGS e Psicologia, com pós-graduação em Educação, pela PUCRS, que já realizou várias exposições internacionais, em países como França, Espanha, Áustria, Portugal, Inglaterra, Bélgica, e Brasil. Recebeu 10 internacionais. Possui foco temático na preservação da natureza, do patrimônio, da memória e na brasilidade. Seu portfólio tem mais de 500 artes digitais, em suporte têxtil ou fineart (belas artes). Trabalha com experimentações estéticas com propósito social e ambiental. Valoriza o território, democratiza a arte, inserindo-a no cotidiano contemporâneo, em suas relações com o corpo e o movimento. Cria arte vestível atemporal, unindo artesanal, tecnológico, ecológico, com design ergonômico e conceito zero wast (desperdício). Exemplos são os lançamentos do Ergodress e das echarpes Tecno, com adoção de tecnologia laser.

Instalada desde 1912 na Praça da Matriz, onde está localizado o sítio histórico representativo da vida do Estado, a Biblioteca coloca-se para todo o país e até para o mundo como a referência mais importante da historiografia e da cultura gaúchas dos séculos 19 e 20.

O prédio centenário foi inaugurado como parte das comemorações do Centenário da Independência, em 7 de setembro de 1922. Construído por sugestão de Victor Silva, o prédio foi projetado por engenheiros das Obras Públicas do Estado (Affonso Hebert e Teófilo Borges de Barros). A maioria dos trabalhos foi executada por Fernando Schlater e S. Incerpi (pintores) e Alfred Adlof, Eduardo de Sá e Giuseppe Gaudenzi (escultores).

Em 1986, o prédio da Biblioteca foi tombado pelo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), e, em 2000, pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). Ao longo de sua história, o prédio passou por algumas intervenções para preservar o patrimônio, recuperar e devolver à população suas formas originais. Foram feitas obras nos anos de 1974, 1988, 2007 e, a mais longa de todas, de 2009 a 2015.

Em 2022, foram iniciadas novas obras de restauro envolvendo a fachada e o interior do prédio. Essa história pode ser acompanhada ao vivo, no momento em que a Biblioteca entrega à população a última fase de restauro das pinturas murais, no seu interior e esse trabalho pode ser identificado também nas peças desenvolvidas pela artista Jeannine Krischke.


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