Astro do rap se desculpa com Bush por chamá-lo de racista
Kanye West disse que não usou as palavras "mais adequadas" para se referir ao presidente em 2005
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"Creio que numa situação de emoções fortes como aquela, nem sempre usamos as palavras adequadas", acrescentou West, que criticou Bush em um programa televisado organizado na época para arrecadar fundos para as vítimas do Katrina em setembro de 2005.
West expressou seu arrependimento depois que Bush afirmou publicamente esta semana que as críticas segundo as quais a resposta lenta de seu governo às vítimas do Katrina se deveu a seu racismo foi um dos momentos "mais desagradáveis" de seu mandato.
Silencioso desde que deixou a Casa Branca, Bush retornou à cena com a publicação, na terça-feira, de suas memórias, nas quais justifica sua guerra ao terrorismo e, de quebra, a invasão do Iraque. O livro, intitulado "Decision Points", sai uma semana após a vitória dos republicanos nas eleições legislativas - um momento, talvez, com um tom de revanche para um ex-presidente com altos índices de impopularidade no final do mandato.
Com cerca de 500 páginas, as memórias do 43º presidente (2001-2009) falam sobre seu mandato marcado pelos atentados de 11 de Setembro e as guerras nas quais se envolveu no Afeganistão, depois no Iraque. No livro, Bush lembra que passou o pior momento de sua presidência durante o incidente com o furacão Katrina, que devastou Nova Orleans em 2005 e que lhe valeu a acusação de incompetência. "Ele me chamou de racista", lembra-se o ex-presidente, segundo um trecho da entrevista concedida à NBC. "Não digeri isso na época e não o farei nunca (...) não é verdade e isso foi um dos momentos mais desagradáveis de minha presidência".