Ativista Chinês Ai Weiwei é o convidado do Fronteiras do Pensamento desta segunda-feira
Projeto recente do artista aborda a crise de refugiados em 23 países, tema de seu filme "Human Flow"
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Integrante da primeira geração de chineses que estudou fora do país, em 1981 se mudou para os EUA, onde permaneceu até 1993, voltando para a China por conta da saúde debilitada do pai. Ao longo da carreira, sua postura sempre foi irreverente, como em “Dropping a han Dynasty urn”, na qual ele fotografou-se quebrando um vaso de dois mil anos, ou “Sunflower Seeds”, quando cobriu o chão de uma sala da galeria Tate, em Londres, com sementes de girassol falsas feitas a mão por trabalhadores chineses.
Em 2011, foi preso no Aeroporto de Pequim sob acusações de “evasão fiscal”. Teve seu estúdio invadido por policiais, passou 81 dias desaparecido, mesmo sob intensos protestos em seu país e no exterior. Embora tenha sido solto no ano seguinte, permaneceu em prisão domiciliar até 2015. Em agosto deste ano, denunciou nas redes sociais que seu estúdio em Pequim foi destruído. O artista entende que seu trabalho é dar voz aos que não têm como falar.