Ator Lima Duarte recebe o Mérito Cultural da PUCRS

Ator Lima Duarte recebe o Mérito Cultural da PUCRS

Nesta terça-feira, o ato será transmitido pelo canal do YouTube da universidade

Correio do Povo

Ator Lima Duarte

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Um dos maiores atores brasileiros será homenageado hoje, em cerimônia on-line, com a entrega do Mérito Cultural PUCRS: Lima Duarte. O artista, de 90 anos, está isolamento em seu sítio, no interior de São Paulo, por isso um representante da universidade, o professor Ricardo Barberena, vai até lá para entregar a homenagem. O evento será transmitido a partir das 20h, no canal da universidade no YouTube, onde ficará à disposição do público. O ator fará leituras de excertos de João Guimarães Rosa e Padre Antônio Vieira na ocasião. 

A honraria simboliza o reconhecimento institucional de uma personalidade que tenha transformado a sua vida numa trajetória de defesa da cultura, enquanto instrumento de humanização e educação. Com entrega anual, já foram agraciados a atriz Fernanda Montenegro, em 2018, e Maria Bethânia, no ano passado, que marcou sua volta aos palcos no espetáculo “Claros Breus”, que teve apresentação única no Estado, no Salão de Atos da PUCRS. 
Filho de um boiadeiro com uma artista circense, Ariclenes Venâncio Martins (nome de batismo de Lima Duarte) nasceu no interior de Minas Gerais. Em 1946, chegou a São Paulo, após duas semanas numa boleia de um caminhão de frutas. Na capital paulistana, viveu de bicos nos primeiros tempos. 
Ao tentar uma vaga na rádio foi humilhado e chamado de “voz de sovaco”, devido ao seu timbre. Apesar desse revés na Rádio Tupi, consegue uma vaga de aprendiz de sonoplasta. Logo depois foi convidado por Oduvaldo Vianna a assumir um papel na radionovela “Rádio Romance Royal Briar”. Na histórica primeira transmissão da TV Tupi, em 1950, Lima Duarte estava ao lado de Assis Chateaubriand e Lolita Rodrigues. Depois participou de várias novelas como “Os Irmãos Corsos” (1966). Ainda na Tupi, dirigiu “Beto Rockfeller” em 1968. E não parou mais de trabalhar em TV. No teatro, atuou em “Arena Contra Zumbi”, de Augusto Boal.
Em sua trajetória, trouxe à teledramaturgia nacional a figura do brasileiro comum. Segundo o próprio ator, sua vida foi marcada pelo constante encontro de mundos antagônicos: “O que muito me honra e engrandece é o fato de ser, na elite dos atores brasileiros, o único de formação rural, um caboclo que virou ator. E todo o meu esforço tem sido no sentido de servir minha gente, de não envergonhá-la e de dizer, a cada personagem: “Olha! Eu sou um de vocês!’ Mesmo tendo sido Hamlet, Padre Antônio Vieira, Macbeth, Otelo... Tudo caboclo, como eu!”. 


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