Autobiografia de príncipe Harry vende 1,4 milhão de exemplares em inglês no primeiro dia
As vendas no Reino Unido, Estados Unidos e Canadá começaram na terça-feira, dia 10 de janeiro
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O livro de memórias do príncipe Harry, o filho mais novo de Charles III, com revelações chocantes sobre a monarquia britânica, começou bem com quase 1,5 milhão de cópias vendidas no primeiro dia em sua versão em inglês, informou sua editora nesta quinta-feira, 12.
As vendas no Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, incluindo todos os formatos (livro físico, digital, áudio) de "Spare" ("O que sobra" em português) totalizaram 1,4 milhão de cópias, um número recorde, afirma a Penguin Random House para um ensaio publicado por este gigante editorial.
A editora não deu números sobre as outras 15 línguas nas quais foi editado o livro, à venda desde terça-feira, quatro meses após a morte de Elizabeth II e quatro meses antes da coroação de Charles III.
Nele, o príncipe de 38 anos, que mora na Califórnia desde 2020, faz um retrato altamente crítico de seus familiares.
Ninguém ficou ileso, nem ele mesmo, que conta detalhes de sua adolescência marcada por uso de drogas e álcool.
Seu pai e seu irmão William e suas respectivas esposas também receberam críticas.
William é apresentado como "querido irmão e arqui-inimigo", uma pessoa de temperamento explosivo e violento, que nunca gostou de sua esposa, a ex-atriz americana Meghan Markle.
O Palácio de Buckingham não comentou as revelações do livro, mas a imprensa britânica noticiou, citando fontes reais anônimas, que os Windsor estão insatisfeitos.
Apesar das boas vendas do livro, a popularidade do príncipe está em baixa no Reino Unido, onde muitos o consideram um imaturo mimado que quer os benefícios da realeza sem suas desvantagens.
Apenas 24% dos britânicos têm uma opinião favorável sobre o duque de Sussex, segundo uma nova pesquisa da YouGov realizada após a publicação de suas memórias.
Ele e sua esposa agora são ainda mais impopulares do que o príncipe Andrew, irmão de Charles III, que foi afastado da monarquia após um escândalo sexual.
Apenas 21% dos britânicos acreditam que a principal motivação de Harry para publicar este livro é dar sua versão dos acontecimentos, como ele afirma, enquanto 41% consideram que é ganhar dinheiro.