"Bailei na Curva" celebra 40 anos no palco do Theatro São Pedro

"Bailei na Curva" celebra 40 anos no palco do Theatro São Pedro

Clássico do teatro gaúcho promove as últimas apresentações desta temporada de hoje a domingo

Correio do Povo

Júlio Conte e elenco celebram os 40 anos da peça no palco do Theatro São Pedro

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Sucesso absoluto há quatro décadas,  a peça gaúcha “Bailei na Curva” está em cartaz no Theatro São Pedro (Praça da Matriz, s/n), em Porto Alegre. As últimas apresentações desta temporada são nesta sexta-feira, dia 6, e sábado, dia 7, às 20h, e domingo, às 18h.  No sábado haverá sessão extra, às 16h. Ingressos no site do  site do TSP. 

As sessões têm tradução e interpretação em Libras.

São 40 anos de espetáculo  

A montagem de 1983 continua fazendo história na dramaturgia do Estado. São mais de 2mil apresentações ao longo deste tempo. Com  roteiro e texto final de Júlio Conte, Cláudia Accurso, Flávio Bicca Rocha, Hermes Mancilha, Lúcia Serpa, Márcia do Canto e Regina Goulart.

Além da famosa música-tema "Horizontes", de Flávio Bicca Rocha, com os versos iniciais: "Há muito tempo que ando nas ruas de um porto não muito alegre, e que no entanto, me traz encantos, e um pôr-de-sol me traduz em versos...". 

Anos depois é uma outra geração que assiste ao espetáculo e alguns ajustes foram feitos para garantir o entendimento completo da obra: projeções com vídeos contextualizam o histórico e o tempo presente, por meio da vida das pessoas.

Bailei na Curva

A história narra a trajetória de sete crianças, vizinhas, em abril de 1964. Como pano de fundo, impõe-se uma forte realidade: o golpe militar. A peça desenha, ao mesmo tempo, um quadro divertido e implacável da realidade. Divertido sob o ponto de vista da pureza e ingenuidade das personagens que enfrentam as transformações do final da infância, adolescência e juventude; e implacável graças às consequências de um Golpe Militar. Aos poucos vai se desenhando um painel dos usos, costumes e pensamentos da sociedade brasileira na segunda metade do século XX.

As brincadeiras de colégio, as aulas de educação sexual, as matinês no cinema, as reuniões dançantes nas garagens, os namoros no carro – uma juventude que opta pela guerrilha e clandestinidade em contraste à outra juventude que abraça as drogas e cai na estrada e, finalmente, adultos que optam pelas conquistas individuais em contraste com aqueles que lutam para resgatar as memórias dos anos de chumbo. Uma geração que encontra sua maturidade nos movimentos de Anistia e Abertura Política. E que encerra todas as suas esperanças no mandato de Tancredo Neves para presidente da república.


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