Banda IRA! celebra 35 anos do álbum 'Psicoacústica' em Porto Alegre

Banda IRA! celebra 35 anos do álbum 'Psicoacústica' em Porto Alegre

O show é nesta sexta-feira, dia 6 de outubro, no Teatro do Bourbon Country, com o repertório do cultuado álbum e grandes hits do grupo

Correio do Povo

No palco estarão Nasi (voz), Edgard Scandurra (guitarra), Johnny Boy (baixo) e Evaristo Pádua (bateria)

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A sexta-feira, dia 6 de outubro, será para conferir o show da banda IRA! celebrando os 35 anos do álbum “Psicoacústica” no  Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, 80), em Porto Alegre, às 21h. Além de apresentar ao vivo o repertório do cultuado álbum, o grupo, formado por Nasi (voz), Edgard Scandurra (guitarra), Johnny Boy (baixo) e Evaristo Pádua (bateria), arremata o show com os grandes sucessos e clássicos  dos seus mais de 40 anos de carreira. Restam poucos ingressos à venda pelo site uhuu.com

Após o sucesso comercial de “Vivendo e Não Aprendendo” (1986), seu segundo álbum, que apresentou músicas que nunca mais deixariam o repertório da banda como “Dias de Luta”, “Envelheço na Cidade” e “Flores em Você” (que foi trilha sonora de novela), o IRA! não se acomodou e concebeu o conceitual “Psicoacústica”, incompreendido em seu lançamento, mas que se tornou cultuado nas décadas seguintes, figurando entre os 100 maiores discos da música brasileira, em lista elaborada pela revista Rolling Stone em 2007.

Sobre as canções do disco

“Trata-se de um faroeste sobre o terceiro mundo”, frase extraída do filme “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), do cineasta Rogério Sganzerla, aparece como sampler na abertura de “Rubro Zorro”, primeira das oito faixas do disco, que foi revisitada no “Acústico MTV” (2004), maior êxito comercial do IRA!, até então, e se tornou presença constante nos shows da banda.

Os samplers e scratches fizeram parte não somente do álbum, mas também dos shows da época, onde o vocalista Nasi assumia as picapes usando óculos 3D, acessório que acompanhava o vinil e enriquecia a extinta experiência de contemplar as artes das capas dos discos.

As incertezas da juventude, sentimento marcante nas primeiras letras do IRA!, e o recente contato com a fama estão presentes nas músicas “Manhãs de Domingo” e “Poder, Sorriso e Fama”.

“Receita para se fazer um herói", um reggae sobre a poesia do português Reinaldo Ferreira, cuja autoria foi descoberta anos depois, após um curioso imbróglio envolvendo um colega de Edgard Scandurra no Serviço Militar Obrigatório, que rendeu a seguinte inscrição na capa do disco: “Esteves, cadê você?”.

A instigante “Pegue Essa Arma” abre o duo mais rock ‘n roll do disco, junto de “Farto do Rock ‘n Roll”, cantada por Edgard Scandurra, uma reflexão sobre a busca por “outros sons, outras batidas, outras pulsações”, que a banda vivenciava naquele momento, demonstrada, por exemplo, em “Advogado do Diabo”, um misto de rock, rap e maracatu, que foi pinçada, anos depois, por Chico Science e a Nação Zumbi, em performances ao vivo. Depois de um turbilhão sonoro, a acústica “Mesmo Distante”, encerra o álbum de maneira calma e reflexiva.

A edição em fita cassete continha ainda uma versão ao vivo de “Não Pague Pra Ver”, gravada durante a conturbada apresentação do IRA! no festival “Hollywood Rock”, no início de 1988.


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