"Barbie" chega para pintar os cinemas de rosa

"Barbie" chega para pintar os cinemas de rosa

A adaptação da icônica boneca, com estreia nesta quinta-feira, dia 20, apresenta uma releitura pop e alegoria feminista, além de comédia

AFP

A atriz Margot Robbie em lançamento do filme na Europa

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O filme "Barbie" irá invadir os cinemas na quinta-feira, dia 20 de julho,  com todos os seus tons de rosa, uma intensa campanha de marketing e a promessa de uma releitura pop sobre a história da boneca mais famosa do mundo.

O trailer da aventura de Barbie e Ken, protagonizados por Margot Robbie e Ryan Gosling, mantém o suspense sobre esta adaptação da icônica boneca: será uma alegoria feminista ou uma simples comédia?

A obra "é realmente divertida e hilária", garantiu Robbie em entrevista à AFP, durante a divulgação europeia do filme, em Londres. Ao mesmo tempo "é muito inteligente, diz muitas coisas", segundo a atriz.

"Não existe nenhum outro filme que seja parecido", defendeu Robbie, que também é coprodutora do longa.

Até agora, todas as informações conhecidas de "Barbie" é que a obra narra a saída da boneca loira da Barbieland rumo ao mundo real, acompanhada por Ken, seu eterno namorado.

"Barbie" divide os cinemas nesta semana com outra estreia, definitivamente diferente: "Oppenheimer", de Christopher Nolan, que conta a história de um cientista que desenvolveu a primeira bomba atômica.

Uma geração de crianças

Criada em 1959, a boneca Barbie acompanha gerações de crianças ao redor do mundo, muito graças à campanha de diversificação competente feita pela fabricante Mattel. A fabricante de jogos começou no final dos anos 1960 a vender bonecas de diferentes etnias e com deficiências físicas e, hoje, afirma ter mais de 175 modelos diferentes.

A boneca irá ganhar vida pelas mãos da diretora Greta Gerwig, que vem do cinema independente e produz filmes de aspectos feministas, como "Frances Ha" (2012) ou a história da jovem rebelde "Lady Bird" (2017).

Gerwig adaptou outro clássico em 2020: a série "Mulherzinhas", de Louisa May Alcott - no filme, sob o nome de "Adoráveis Mulheres". Mas em "Barbie" ela optou por cenários espetacularmente kitsch, com todos os possíveis clichês associados a Barbieland: uma casa rosa brilhante, a praia californiana, os carros conversíveis.

No elenco, o filme conta com Helen Mirren, Emma Mackey - que interpreta a Barbie Prêmio Nobel de Física - e Dua Lipa - a Barbie Sereia, que também produziu a canção "Dance The Night" para a trilha sonora.

Barbie "está culturalmente adiantada em certas coisas e atrasada em outras", explicou Greta Gerwig na estreia, onde acrescentou que "há 64 anos (a boneca) alimenta todos os debates". 

O filme é uma demonstração da capacidade inesgotável de Hollywood em buscar fontes de inspiração ou lucro - neste caso de uma marca comercial. Mês passado, a produção "AIR: A História Por Trás do Logo" contou a história sobre o mítico sapato da marca Nike.

Há alguns anos, Ridley Scott dirigiu "Casa Gucci", com vários modelos e objetos da marca de luxo italiana nos cinemas. Já história da "Ferrari", dirigida por Michael Mann, chegará em breve às telonas.

Segundo os críticos, Hollywood é adepta à venda de mensagens progressistas sob um disfarce banal, ou vice-versa.

Barbie é um símbolo "ambivalente. Simboliza tanto a beleza das mulheres, sua independência, quanto a alienação por causa de seu corpo", explica a socióloga francesa Christine Castelain Meunier.

O filme estreia em meio a greve de atores em Hollywood, que provocou o cancelamento de filmagens e campanhas de divulgação.

Trailer: 

 

 

 


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