"Baril'70" reúne trabalhos de Fernando Baril em Porto Alegre
Mostra pode ser conferida até setembro, no Margs
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Segundo o curador José Francisco Alves, junto com as cores e o humor particular do artista, suas obras documentam os momentos de boçalidade do avassalador “avanço” das tecnologias pessoais e no que estão sendo transformadas as pessoas. “Baril está nos chamando atenção para os absurdos”, destaca.
Alves diz que esta exposição não é totalmente uma retrospectiva, mas são apresentados alguns trabalhos de 1979 a princípios dos anos 80, exemplificativos de sua fase abstrata. Também presentes as pinturas da fase seguinte, do seu início figurativo, do inconsciente e dos sonhos. A parti daí, presente em grande número a tomada do mundo crítico, dos ícones da vida pop, em cores em profusão e do invejável domínio técnico.
Em meados da década de 1980, Baril já tinha abandonado a pintura abstrata pela qual havia recebido prêmios e reconhecimento. Como poucos de sua geração, em seguida moveu-se no sentido inverso, ao figurativismo. Esta sua nova produção teve grande impulso nos quatro anos que viveu e produziu intensamente em Nova Iorque, entre 1988 e 1992, marcando a característica pela qual ficou conhecido.
Entre os poucos artistas gaúchos que vive somente de seu trabalho, Baril passou pelo Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre e estudou em universidades da América do Norte, em Vancouver (Canadá) e Los Angeles (EUA). A sua formação mais importante foi na Real Academia de Bellas Artes de San Fernando, em Madri, Espanha.