Bienal do Mercosul: circuito de arte urbana

Bienal do Mercosul: circuito de arte urbana

Quem circular pelas ruas do Centro Histórico de Porto Alegre pode conferir as intervenções de quatro artistas

Luciana Vicente

A instalação urbana "O morador", de Gustavo Prado, convida a reflitir sobre questões de habitação

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A 13ª Bienal do Mercosul oferece um circuito de Arte Urbana pelas ruas do Centro Histórico em Porto Alegre. Quem passar pela Avenida Borges de Medeiros pode ficar intrigado com as faixas alaranjadas que estabelecem conexões entre os prédios. Trata-se da instalação “Batimento”, de Túlio Pinto. Em seguida, na Travessa Cataventos, no térreo da Casa de Cultura Mario Quintana (Andradas, 736) está a obra do mexicano Hector Zamora. 

Ao lado da Usina do Gasômetro, no Largo Moacyr Scliar, está a instalação de Gustavo Prado, “O morador”. E um potente mural na Avenida Mauá leva a assinatura de Otávio Fabro.

Atenção: Neste domingo, dia 2 de outubro, os espaços culturais que recebem a Bienal do Mercosul estarão fechados por causa das eleições. Uma boa pedida para apreciar as obras dispostas no espaço urbano.  

Confira imagens e informações sobre as obras:

• Túlio Pinto (Avenida Borges de Medeiros)
Na instalação “Batimento”, Túlio Pinto usou 900 metros de tela laranja, normalmente encontradas em canteiros de obras. Com esse suporte, criou conexões entre os edifícios. A instalação oferece aos transeuntes a possibilidade de sonhar ao passar pela Avenida Borges de Medeiros diante da incrível intervenção proposta por Túlio.Que tiver interesse em acompanhar o trabalho o artista pode acessar sua conta no Instagram (@thetuliopinto).  


Foto: Alina Souza

• Otávio Fabro (Mural na Avenida Mauá)
O mural “Organismo especular, sonhei hoje com o amanhã de ontem” é resultado do mapeamento do céu de Porto Alegre, dos milhares de traços em fuligem sobrepostos em ondas físicas, da tinta biológica que captou o ar da cidade e muitas horas-dia de dedicação. Fabro propõe um olhar para “nosso momento histórico, para as relações que estabelecemos com nosso entorno, em nossas cidades, com nossos semelhantes humanos e não humanos”. 


Foto: Thiele Elissa / Reprodução / CP

• Gustavo Prado (Largo Moacyr Scliar, ao lado da Usina do Gasômetro). 
Com a instalação “O morador”, o artista paulista Gustavo Prado propõe uma reflexão sobre como as cidades estão organizadas e devem ser alteradas para atender melhor às necessidades de seus habitantes. Composta por 27 portas de correr de alumínio, com adesivos vinílicos espelhados, a instalação articula uma experiência para o corpo e para a percepção dos visitantes. A obra cria uma labirinto controlado cujas portas podem ou não estar trancadas segundo uma programação predeterminada. Acompanhe o artista no Instagram @gustavopradostudio.


Foto: Alina Souza

• Hector Zamora (Travessa dos Cataventos)
A obra do mexicano Héctor Zamora nasce como uma resposta direta às características dos prédios que compõem a Casa de Cultura Mario Quintana e que delimitam a Travessa dos Cataventos. A distância que existe entre as duas fachadas cria uma singularidade espacial. As varandas propõem um jogo de aproximação entre os dois lados, lembrando dos varais e das roupas penduradas nas ruas e travessas de pedestres de muitas cidades ao redor do mundo, sobretudo em bairros populares. Zamora apresenta um conjunto de 21 varais que recebe lençóis coloridos pensados pelo artista como pinturas tridimensionais.   


Foto: Thiele Elissa / Reprodução / CP


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