Björk detalha assédio sexual cometido por diretor dinamarquês
Artista revelou que homem colocava seus braços em volta dela e inclusive tentou invadir seu quarto
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Na segunda-feira, o diretor dinamarquês rejeitou as acusações, ainda que seu nome não tenha sido mencionado. "Não foi este o caso. Mas o fato é que realmente não éramos amigos", declarou o cineasta ao jornal dinamarquês Jyllands-Posten. Em sua nova postagem, Björk escreveu que o cineasta "colocava seus braços em volta de mim por um longo tempo na frente de toda a equipe ou quando estava sozinho, e me acariciava por minutos contra a minha vontade".
"No espírito de #metoo (campanha criada pra denunciar assédios), eu gostaria de dar às mulheres em todo o mundo um apoio com uma descrição mais detalhada da minha experiência com um diretor dinamarquês. É extremamente difícil tornar algo desta natureza público, especialmente quando somos imediatamente ridicularizadas pelos infratores. Eu simpatizo plenamente com todas que hesitam, mesmo por anos. Mas eu sinto que é o momento certo, especialmente agora, quando podemos fazer uma mudança. Aqui vem uma lista dos encontros que eu acho que contam como assédio sexual", inicia a artista.
"Depois de dois meses, quando eu disse que ele parasse de me tocar, ele explodiu e quebrou uma cadeira na frente de todos, como alguém que sempre foi autorizado a acariciar suas atrizes, e então todos nós voltamos para casa", escreveu. Ela também afirmou que "durante toda a filmagem, recebeu propostas sexuais constrangedoras, paralisantes, sussurradas e inconscientes, descrevendo as cenas" que ele fantasiava. A cantora revela que ele inclusive tentou entrar em seu quarto. "Enquanto filmávamos na Suécia, ele ameaçava subir da varanda do seu quarto para o meu no meio da noite com uma clara intenção sexual, enquanto sua esposa estava no quarto ao lado. Eu escapei para o quarto dos meus amigos. Isso foi o que, finalmente, me despertou até a severidade de tudo isso e me fez defender meu terreno".
Björk também relatou que, após o caso, começaram a circular histórias fabricadas na imprensa sobre ela sendo "difícil". "Isso combina belamente com os métodos e o bullying de Weinstein. Eu nunca fui cúmplice ou concordei em ser assediada sexualmente. Isso me fez ser retratada como sendo difícil. Se for difícil é se defender ao tratada assim, eu serei", finalizou