Bolívia projeta museu no lago Titicaca com peças milenares
Artefatos do povoado permanecem no lago há cerca de mil anos
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A ministra Wilma Alanoca afirmou que o investimento será de dois milhões de euros, recursos que serão fornecidos pela Unesco e pela Missão Técnica Belga (MTB). Os planos da futura obra estão previstos para estarem prontos em julho. A construção abrigará peças que começaram a ser encontradas no fundo do Titicaca em meados de 2013, quando pesquisadores belgas iniciaram seus trabalhos.
Em uma das últimas descobertas, em junho do ano passado, "foram encontradas mais de 10 mil peças arqueológicas, como artefatos de ossos, cerâmica, metal, ossadas humanas e de animais, e utensílios de cozinha", segundo o ministério. Para ter uma precisão sobre a qual cultura as peças pertencem, serão realizadas análises laboratoriais que ficarão prontas ao longo deste mês. Nas margens do Titicaca, de uma superfície de 8.562 km2, a cerca de 3.800 metros acima do nível do mar e que é compartilhado por Bolívia e Peru, floresceram várias culturas.
A Tiwanaku, ou Tiahuanaco, é uma cultura que durou dos 400 a.C. ao 1172 d.C. No local também surgiram outras culturas, como a aimara, dominada depois pelos incas.