Brad Pitt chega a Cannes para promover thriller violento

Brad Pitt chega a Cannes para promover thriller violento

No filme, ator interpreta um assassino de aluguel

AFP

Além de atuar, Pitt também produziu o novo filme

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O ator Brad Pitt chegou nesta terça-feira a Cannes para promover seu novo filme, "Killing Them Softly", dirigido pelo australiano Andrew Dominik, que disputa a Palma de Ouro. Pitt, de 48 anos, vestindo de terno claro, óculos escuros, e de cavanhaque, atraiu os holofotes do Festival de Cannes, onde chegou sem a noiva Angelina Jolie, que não pode comparecer ao evento por estar trabalhando em um novo projeto.

Além de interpretar um assassino de aluguel, Pitt é o produtor do filme, que conta a história de um acerto de contas entre mafiosos tendo a crise financeira como pano de fundo, assim como as últimas eleições americanas que levaram Barack Obama à Casa Branca. "Killing Them Softly", um dos quatro longas-metragens americanos que concorrem a Palma de Ouro, é uma adaptação atualizada do romance "Cogan's Trade", publicado há 40 anos por George V. Higgins.

Questionados sobre a extrema violência do filme, Pitt e Dominik, que já havia dirigido o ator em "O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford" (2007), ressaltaram que o longa, ambientado em 2008, retrata a realidade, "centrada em fazer dinheiro". "Vivemos em um mundo de violência e a violência tem que ser filmada. Não me choca", declarou o ator, alegando que também não fica assustado em interpretar um assassino. "Prefiro interpretar um assassino do que um racista", disse Pitt, que divide as cenas com um elenco cheio de testosterona: Ray Liotta, James Gandolfini ("Família Soprano"), Sam Shepard, e o australiano Ben Mendelsohn.

Pitt, que no ano passado foi a Cannes com "A Árvore da Vida", de Terence Malick, que conquistou o prêmio principal, e em 2009 com "Bastardos Inglórios", explicou que produziu o filme porque quer "ajudar a fazer filmes que dizem algo sobre quem somos, sobre o mundo em que vivemos". O personagem que interpreta, Cogan, "se esforça para não fazer suas vítimas sofrerem" - daí o título. Ele faz declarações de impacto, como a de que os Estados Unidos "não são um país, são um negócio".

O cineasta, que filma a violência de forma estilizada, destacou que este trabalho, como outros do gênero, fala da "sociedade em que vivemos e do capitalismo". "Eu sempre acreditei que os filmes de crime falam, na verdade, do capitalismo. É um gênero baseado na motivação de todos os personagens em ganhar dinheiro", insistiu Dominik.

Na coletiva de imprensa, Pitt também negou os rumores de que ele e Angelina Jolie já definiram uma data para o casamento. "Não, não é verdade que já temos uma data", afirmou o ator, que causou grande decepção entre os centenas de paparazzi que cobrem o festival ao anunciar que não estará acompanhado da atriz quando pisar nesta terça-feira à noite no tapete vermelho do Palácio dos Festivais para a estreia de "Killing Them Softly".

Pitt explicou que ele e Jolie, cujo noivado foi anunciado em abril passado, adorariam trabalhar juntos novamente em um filme. Ela e Pitt se conheceram durante as filmagens de "Sr. e Sra. Smith", em 2005, quando o ator ainda era casado com a estrela do seriado "Friends", Jennifer Aniston. O casal tornou público o relacionamento no início de 2006 e tem seis filhos: Maddox, de 10 anos; Pax, de oito; Zahara, de sete; Shiloh, de cinco, e os gêmeos Knox e Vivienne, de três. Os três primeiros são adotados e os três últimos são biológicos.

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