Bruno Mazzeo encena "Sexo, Drogas e Rock'n'Roll" em Porto Alegre

Bruno Mazzeo encena "Sexo, Drogas e Rock'n'Roll" em Porto Alegre

Peça está em cartaz no Teatro do Bourbon Country neste final de semana

Vera Pinto

Peça está em cartaz no Teatro do Bourbon Country neste final de semana

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Uma crítica irreverente e cruel ao sistema que fabrica uma coleção de cínicos, irresponsáveis, loucos e hipócritas é o mote de “Sexo, Drogas & Rock’n’Roll”, primeiro solo de Bruno Mazzeo, que lhe garantiu o Prêmio de Melhor Ator na Festa Internacional de Teatro de Angra dos Reis (Fita). Após quatro anos afastado dos palcos, ele é dirigido por Victor Peralta na peça que foca a cultura calcada no dinheiro, poder e sucesso, que está no Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, 80), neste sábado, 21h, e domingo, às 18h.

De autoria de Eric Bogosian, o texto foi sucesso anos 1990, passando pelos EUA, pela Argentina, por Portugal, Itália e Polônia. Nos palcos do Rio de Janeiro desde maio de 2013 e mais recentemente em São Paulo, Mazzeo comenta que quando a peça foi escrita a grande novidade era o micro-ondas, pois não havia celular. “E ela já falava do quanto somos vigiados o tempo todo. Com as redes sociais as pessoas estão tendo prazer nisto. O cara tem o poder e quanto mais tem, mais quer, e não importa o que vai fazer para perpetuar isto como uma droga”, declara.

Em sua incursão inédita pelo monólogo, o artista interpreta seis tipos de níveis sociais diferentes, sem qualquer caracterização, na narrativa embalada por clássicos do rock, como Queen, Led Zeppelin, Beatles, Rolling Stones e Deep Purple. Nos personagens, um mendigo filósofo, que não tem culpa de estar na rua; um novo rico bom vivant; um rock star egocêntrico; um empresário musical sem escrúpulos, que não hesita em demitir o homem que o contratou; um jovem alienado e drogado; e um artista em crise. Sobre este último, ele explica que fala de “uma crise de posicionamento, onde me coloco nesta sociedade, ao não me vender para o sistema. Fazemos parte disso, sem deixar de ser você mesmo e o que acredita”.

O filho de Chico Anísio começou aos 13 anos escrevendo para “A Escolinha do Professor Raimundo”. Várias séries, como “A Diarista”, vieram até o sucesso com “Cilada” e depois “Junto & Misturado”. Voltado ao cinema, trabalhou em “Muita Calma Nessa Hora”, “Cilada.com” e “E Aí, Comeu?”, entre outras.

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