Cássia Eller vive em musical em cartaz em Porto Alegre
Após circular em todo Brasil, espetáculo encerra turnê na Capital neste final de semana
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A idealiza-ção foi do diretor gaúcho de Cruz Alta, Gustavo Nunes, 41 anos, radicado no Rio de Janeiro desde 2001, o mesmo ano da morte de Cássia. As apresentações em Porto Alegre ocorrem no Theatro São Pedro (Praça da Matriz, s/n°) ainda neste sábado, 17h e 21h; e domingo às 18h. Ingressos no local.
A estreia foi no primeiro semestre de 2014, com 39 canções, fazendo um passeio desde uma criação autoral quase obscura, como “Flor do Sol”, até canções imortalizadas por Cássia, como “Malandragem” (Cazuza/Frejat), “Socorro” (Arnaldo Antunes/Alice Ruiz) e “Por Enquanto” (Renato Russo). O amigo Nando Reis, que é também personagem do espetáculo, comparece com composições como “All Star”, “O Segundo Sol”, “Relicário” e outras. O papel-título é interpretado por Tacy de Campos, cantora de Curitiba escolhida entre mais de mil candidatas. O elenco é formado ainda por Eline Porto, Emerson Espíndola, Juliane Bodini, Jana Figarella, Jandir Ferrari e Thainá Gallo. A banda é formada por Felipe Caneca (pianista), Pedro Coelho (baixista), Diogo Viola (guitarrista), Mauricio Braga (baterista) e Fernando Caneca (violonista).
História que precisava ser contada
Conforme Gustavo Nunes, a história da Cássia era uma que precisava ser contada tanto pessoal como artisticamente. “Em 2012, quando a família estava começando a falar, nos demos conta de que ela merecia homenagem por tudo que representou. Aí contatamos o Fernando Nunes, violonista e guitarrista, e a Lah Lahn, percussionista, músicos da Cássia. Eles seriam os diretores musicais. Bebemos na fonte. Colocamos histórias que não eram tão famosas, como quando ela descobriu o cajón pela Lan Lahn ou cenas com a mãe dela cantando junto”, apontou.
O idealizador lembra que houve choro e emoção no teste de Tacy Campos. “A Tacy fazia tributo à Cássia em Curitiba. A produtora a convidou para fazer o teste. Quando ela entrou e começou a cantar, todos pararam, parou o tempo. Além de ser fisicamente parecida, a presença dela e a voz lembravam muito a Cássia. A Lan Lahn e o Fernando Nunes choraram. O Fernando pegou o violão e já começou a tocar junto. O problema era só lapidar a atuação”, contou.
Entre os momentos marcantes do musical, Nunes lembra da execução de “Por Enquanto”, do Legião Urbana. “Temos também “All Star”, com o Nando Reis. Em “Malandragem”, há uma interação maior com a plateia. Também temos trechos do show do Rock in Rio.” Para ele, o diferencial do musical em relação do documentário é o roteiro da Patrícia Andrade, com um clima mais alegre. “A Cássia era alegre. Apesar de ser alegre, é emocionante, a grande maioria das pessoas chora. Ela era uma pessoa contagiante, solar, brincalhona, sempre de bem com a vida”. Nunes destaca também a presença da atriz e cantora gaúcha Thainá Gallo, que interpreta a Lan Lahn no espetáculo.