Caciano: "Quero falar sobre o amor de verdade"

Caciano: "Quero falar sobre o amor de verdade"

Escritor tem cinco livros publicados sobre o tema e sua magnitude. Em breve, lançará podcast para contar histórias reais e inspiradoras

Luciana Espíndola

"Certo dia, encontrei um jeito de falar de amor de forma que as pessoas me entendessem e se identificassem. Desde então, comecei a falar sobre amor na internet", comenta o escritor

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Caciano Kuffel, o "Caciano com C", é um grandessíssimo romântico com 31 anos, nascido em Chapecó, Santa Catarina, no dia 28 de fevereiro de 1991. Ele é filho único e morou desde muito cedo em Caxias do Sul, onde ainda moram os seus pais. Há dois anos, por conta de sua profissão, mudou-se para São Paulo.

Caciano é escritor e tem cinco obras publicadas. É humorista, já foi mágico, animador de festas infantis e palhaço em hospital. Muito provavelmente você já tenha visto seus vídeos na internet, onde ele se expressa sobre assuntos do cotidiano ou enaltece as mulheres. Algumas vezes, ele finaliza suas gravações dizendo: "Espero ter conseguido fazer cócegas no seu coração". Ou ainda, talvez já tenha assistido as gravações que fazia com o primo Diogo Elzinga, onde falavam, de forma bem humorada, sobre as particularidades das cidades que visitavam e diziam ao final de cada vídeo: "Este dia foi louco!".

A partir de que momento você começou a falar de amor na internet?
Depois que parei de trabalhar como mágico e animador de festas infantis, fui trabalhar como palhaço em hospital e fiquei durante dois anos nesta função até que comecei com os vídeos na internet. Nesta nova fase, comecei a fazer comédia comentando sobre as cidades visitadas. Certo dia, encontrei um jeito de falar de amor de forma que as pessoas me entendessem e se identificassem. Desde então, comecei a falar sobre amor na internet.

Como é a sua rotina e o que gosta de fazer nas horas vagas?
Todos os dias eu escrevo, gravo e edito meus vídeos. Normalmente são vídeos de poesia e demais assuntos sobre o amor. Raramente eu abordo outros temas. Falo sobre relacionamento, amor romântico, amor ao próximo, amor próprio. Nas horas vagas assisto séries e leio livros - tenho preferência pelos romances. 

Como aconteceu o desejo de ser artista? Teve apoio familiar na sua escolha? 
Sobre as minhas escolhas relacionadas à arte, não sei de onde veio essa vontade. Meu pai era chapeador de automóveis e minha mãe, dona de casa. Meus pais queriam que eu seguisse uma carreira bem tradicional e arranjasse um emprego formal. A minha mãe sempre me incentivou a ler, e pelo menos uma vez por semana comprava um gibi ou livros infantis para mim. Ser artista não era visto como algo muito positivo por minha família.

Tinha muitos amigos na infância ou era solitário?
Eu não tinha muitos amigos na infância e minhas brincadeiras eram solitárias. A solidão é uma condição que eu mesmo me coloquei por gostar disso. Mesmo com as pessoas entrando na minha vida, eu fui, na verdade, me sentindo deslocado e sozinho. Acho que buscar a solidão é um clichê de escritor.

De onde surgiu a frase "fazer cócegas no coração" ?
O termo “fazer cócegas no coração” veio a partir dos ensinamentos de um professor de interpretação para ser palhaço, que disse: “O palhaço não precisa fazer os outros darem risadas, precisa causar cócegas no coração.” E isso reverberou em mim a ponto de que, no meu primeiro vídeo que fiz falando de amor, eu falei assim: “Espero que eu tenha causado cócegas no seu coração”, e isso ficou desde então. Marcou tanto, que meu primeiro livro publicado se chama “Cócegas no coração”.

E os amores? Coração ocupado? Já levou algum "fora"? 
Então, atualmente, sigo encalhado faz 2 anos já. Tive três namoradas de longa data. Um dos relacionamentos durou 4 anos, o outro durou 1 ano e o outro 3 anos. Sobre os "foras", eu levo o tempo todo, né?! Sigo tentando encontrar o amor da minha vida, aquela pessoa para quem eu guardei o amor que eu ainda tenho para entregar. 

O que gostaria de dizer para as pessoas que sofrem por amor?
Eu gostaria que as pessoas entendessem que isso é uma coisa que inevitavelmente pode acontecer na vida, mas passa. Às vezes é preciso chorar muito, naquele momento, pra nunca mais chorar. 

"Descobri que não faço falta quando parei de responder" é o título do seu último livro. Você já deixou alguém no "vácuo"? Já se sentiu ignorado por alguém?
Acho que é normal, né? Às vezes as pessoas se afastam porque elas não têm mecanismos suficientes para explicar o que estão sentindo. Eu mesmo acho que já dei vácuo em pessoas. Eu mesmo já deixei de responder às pessoas, porque naquele momento eu não tinha ferramentas para conseguir explicar o que eu estava sentindo. Então, óbvio que eu já recebi vácuo de muita gente também. Muitas vezes criamos expectativas, mas não existe a reciprocidade que esperamos. Cada vez mais precisamos entender que as pessoas têm o tempo e o jeitinho delas; compreender isso dá uma paz de espírito muito grande.

E sobre suas obras lançadas e os atuais projetos?
Escrevi cinco livros e, sinceramente, na adolescência, não imaginava que seria escritor. O primeiro deles foi “Cócegas no Coração”, o segundo se chama “Aquilo que te faz cócegas no coração”, depois escrevi “Ela é louca”. Já o livro “De repente sozinha”, escrevi em parceria com um amigo, que é marido de uma ex-namorada. A última obra tem o título “Descobri que não faço falta quando parei de responder”.
Tenho planos de lançar um podcast, em breve, falando sobre amores, relacionamentos e histórias. Quero falar principalmente de pessoas que vivem um amor de verdade, pois estamos carentes de ouvir histórias contemporâneas verídicas. Então, eu quero poder contar e dizer: “Oh! Ainda existe, gente! Vocês estão dizendo que o amor não existe mais, mas existe sim!”

Foto: Amanda Mirella / Divulgação / CP

*Sob a supervisão de Luiz Gonzaga Lopes


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