Candidata filipina vence o Miss Universo 2018
Catriona Gray foi muito aplaudida ao falar de seu trabalho nos bairros mais pobres de sua cidade
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Na fase final, Gray foi muito aplaudida ao falar de seu trabalho nos bairros mais pobres de Manila. Após a vitória, explicou que deseja continuar trabalhando nas Filipinas com uma organização que promove a educação sobre o vírus HIV e a aids. "Há alguns anos perdi um amigo íntimo por complicações relacionadas com o HIV", afirmou em uma entrevista coletiva. "Por isto, aumentar a consciência desta causa e estimular as pessoas para que façam testes e conheçam sua condição será, sem dúvida, um dos primeiros projetos que desejo realizar", completou.
Gray, estudante de Música, superou mais de 90 candidatas de todo o mundo na 67ª edição do concurso, organizado na Impact Arena, na capital da Tailândia. Durante a competição, exibida ao vivo, as candidatas responderam perguntas sobre a liberdade de imprensa, a legislação sobre a maconha, os refugiados e o movimento #MeToo. O evento foi bem recebido por abordar temas como a inclusão e por seu júri formado apenas por mulheres, incluindo empresárias e vencedoras do Miss Universo.
A edição também foi marcada pela representante da Espanha no concurso, Angela Ponce, 27 anos, a primeira candidata transgênero da história, que ressaltou o desejo de representar a "diversidade dos seres humanos". "Ter uma vagina não me transformou em mulher. Sou uma mulher desde antes de nascer, porque minha identidade está aqui", declarou à AFP Ponce, apontando para a própria cabeça.
O concurso também registrou uma polêmica depois que a Miss Estados Unidos, Sarah Rose Summers, pareceu zombar das candidatas do Vietnã e do Camboja nas redes sociais por não falarem bem inglês. Seus comentários se tornaram virais e Summers pediu desculpas em uma mensagem no Instagram.
A vitória de Gray foi celebrada na Filipinas, onde os concursos de beleza são muito populares. Um porta-voz do presidente Rodrigo Duterte afirmou em um comunicado que a vitória de Catriona Gray colocou o país no mapa por sua "beleza e elegância".
Brasileira não passa da semifinal
A Miss Brasil, Mayra Dias, passou para a semifinal, mas não foi uma das escolhidas dos jurados para seguir no concurso e ficou entre as 20 primeiras colocadas. A amazonense foi desclassificada antes mesmo dos tradicionais desfiles em traje de banho e de gala.
A Miss Brasil era uma das favoritas para vencer o melhor traje típico, com uma roupa inspirada no Festival de Parintins, mas perdeu para a miss On-anong Homsombath, do Laos. A última vez que o Brasil ganhou o traje típico foi com a Miss Flávia Cavalcante, em 1989.