Cannes anuncia Palma de Ouro após um festival inédito pela pandemia

Cannes anuncia Palma de Ouro após um festival inédito pela pandemia

Wes Anderson, Asghar Farhadi, Paul Verhoeven, Nanni Moretti... são algumas das figuras da sétima arte que estão na disputa pelo prêmio

AFP

O júri do Festival de Cannes, presidido pelo diretor americano Spike Lee, anunciará neste sábado a Palma de Ouro

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Qual filme vai suceder "Parasita"? O júri do Festival de Cannes, presidido pelo diretor americano Spike Lee, anunciará neste sábado (17) a Palma de Ouro, no fim de uma competição que incentivou o cinema autoral após a paralisação da pandemia.

Wes Anderson, Asghar Farhadi, Paul Verhoeven, Nanni Moretti... são algumas das figuras da sétima arte que estão na disputa pelo prêmio, embora nomes menos conhecidos também tenham força, como o japonês Ryusuke Hamaguchi que, se ganhar com seu filme sentimental "Drive my car", se tornará o terceiro diretor consecutivo a levar a Palma para a Ásia.

Também está na competição "Memória", o filme de Apichatpong Weerasethakul, gravado na Colômbia e protagonizado por Tilda Swinton. O diretor tailandês já recebeu o prêmio máximo em 2010 por "Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas".

No total, 24 filmes estão na disputa. Quatro são dirigidos por mulheres e nenhum por um latino-americano, embora a produtora mexicana Piano participe de "Memória", do musical "Annette" e de "Bergman Island".

Apesar de uma discreta presença do cinema latino-americano na seleção oficial, o Brasil pode ganhar a Palma de Ouro de melhor curta-metragem. Dos dez filmes na disputa, dois são dirigidos por brasileiros: "Sideral", de Carlos Segundo, e "Céu de Agosto", de Jasmin Tenucci.

A cerimônia de premiação começará às 14h30 (Brasília), momento em que o júri de Spike Lee já terá alcançado um consenso após se reunir a portas fechadas durante o dia em um lugar secreto de Cannes.

Junto ao primeiro presidente negro do júri, estão o diretor brasileiro Kleber Mendonça ("Bacurau") e a atriz americana Maggie Gyllenhaal ("The Dark Knight"), entre outros.

"Prometi às pessoas do júri que não seria um ditador, que seria democrático... mas até certo ponto, porque se o júri estiver dividido quatro contra quatro, sou eu quem decide!", brincou (ou não) o diretor veterano, de 64 anos.

O júri teve a oportunidade de impulsionar o cinema autoral gravado antes e durante a pandemia. As dúvidas dos milennials ("The worst person in the world"), o perigo das redes sociais ("Um herói") e os maus tratos às mulheres ("Annette") afloraram na competição como crescentes preocupações sociais.

O vencedor da Palma de Ouro sucederá "Parasita", o filme de Bong Joon-ho que arrasou no Oscar em 2020.

"Drive My Car" recebeu um primeiro prêmio, o Prêmio do Júri Ecumênico, por representar uma "meditação poética sobre o poder de cura da arte e do diálogo", segundo um comunicado.

Na véspera, "A Fratura", protagonizada por um casal de mulheres, levou o Queer Palm, que todo ano premia um filme que aborde temáticas LGBTQIAP+.


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