Caren Miesenberger promove na Feira do Livro debate sobre feminismo e mídia

Caren Miesenberger promove na Feira do Livro debate sobre feminismo e mídia

Encontro será no Auditório Barbosa Lessa do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, às 18h

Correio do Povo

Miesenberger é jornalista alemã e discutirá feminismo na Feira do Livro

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Cerca de 90% dos postos de comando do jornalismo ocupados por homens, salários pagos às mulheres na profissão em torno de 20% mais baixos e predominância de mulheres brancas e de classe média nas redações. Este é o panorama que a jornalista Caren Miesenberger vai traçar nesta quinta-feira, às 18h, em encontro no Auditório Barbosa Lessa do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, durante a 65ª Feira do Livro de Porto Alegre. O debate tem como título a resistência feminista nas mídias brasileira e alemã e será mediado por Carol Anchieta.

Os números apresentados por Caren se referem à presença de mulheres em jornais oficiais da Alemanha, onde a jornalista reside. Segundo ela, nas grandes cidades o índice de mulheres empregadas na imprensa que ocupam cargos de liderança é um pouco maior, mas mesmo assim ainda não reflete a realidade social. “Nos jornais pequenos de cidades do Interior, chega a 95% o número de cargos de chefia ocupados por homens. Isto não combina com o potencial exibido pelas mulheres e nem com os avanços sociais”, diz.

A jornalista destaca que os índices apurados na Alemanha referem-se apenas à questão de gênero, não havendo dados sobre as diferenças raciais nas redações, que acredita sejam muito maiores.

Sociedade em foco

Caren Miesenberger, de 30 anos, morou no Brasil entre 2015 e 2018, trabalhando no Rio de Janeiro, o que lhe garante o domínio do português. Hoje, atua como freelancer e como editora de mídias sociais da rádio Deutschlandfunk Kultur, em Berlim. Já publicou artigos em português para a Fundação Heinrich Böll− vinculada à ecologia, sustentabilidade, democracia, direitos humanos, autodeterminação e justiça social −, para as Blogueiras Feministas e para o site Não Me Kahlo.

Costuma abordar temas como sociedade, cultura popular, feminismo queer, digitalidade e mobilidade. Ela também é fundadora da Meme School Feminist, onde ensina as mulheres a transformarem em memes situações do cotidiano. “É uma forma de transformar em humor as abordagens inadequadas que ainda precisamos enfrentar”, define.


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