Calendário do Carnaval de Rua de Porto Alegre deve ser finalizado na próxima semana

Calendário do Carnaval de Rua de Porto Alegre deve ser finalizado na próxima semana

Expectativa é que desfiles comecem no dia 27 de janeiro e terminem em 18 de março

Marco Aurélio Ruas

Calendário do Carnaval de Rua de Porto Alegre deve ser finalizado na próxima semana

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A prefeitura de Porto Alegre pretende finalizar o calendário do Carnaval de Rua na próxima segunda-feira. Com as sugestões da Brigada Militar de retirar do itinerário dos blocos de boa parte da rua João Alfredo e ter como locais de dispersão as praças Garibaldi, Isabel, a Católica, ou o largo Zumbi dos Palmares, quatro dos dez blocos acabaram sendo afetados. Metade deles já teve a situação resolvida. Com os outros dois blocos serão realizadas reuniões na segunda-feira.

Pelo menos provisoriamente, o Carnaval de Rua de Porto Alegre começará no próximo dia 27, na avenida Edvaldo Pereira Paiva, com o bloco Panela do Samba. O encerramento será no dia 18 de março, com o grupo musical Turucutá.

De acordo com o coordenador do Escritório de Eventos de Porto Alegre, Antônio Gornatti, as sugestões da BM foram acatadas pela prefeitura de Porto Alegre e Ministério Público. “O MP e a prefeitura acataram as decisões de não haver desfile e concentração em parte da João Alfredo”, confirmou. “Também ficou decidido que os locais de concentração e dispersão devem ser abertos para as pessoas não permanecerem no interior do bairro”, complementou.

O coordenador também contou que o MP chamou a prefeitura ainda no ano passado para que fosse apresentada a forma como o Carnaval de Rua seria conduzido na Cidade Baixa. Segundo ele, foram mais de três reuniões, com a participação também de moradores da região e integrantes dos blocos.

Conforme o presidente da Liga das Entidades Burlescas da Cidade Baixa, Ian Angeli, a indisposição de parte da rua João Alfredo foi uma imposição da BM. “Alteraram depois que encerraram a reunião com a Liga. Conversaram depois bloco a bloco”, apontou. Segundo ele, a opção de desfilar pela avenida Aureliano de Figueiredo Pinto não interessa aos blocos. “É uma rua fria que não interessa aos blocos”, salientou Angeli.

Ele ainda afirmou que a Liga entende que o deslocamento pode ser necessário. Entretanto, defende que o local escolhido deveria ser no interior do bairro. “Defendemos que seja na João Alfredo ou outro local da Cidade Baixa. A João Alfredo é histórica, com desfiles desde os anos 60. Poderia ser na José do Patrocínio ou na Lima e Silva”, argumentou.

A tendência é que o largo Zumbi dos Palmares seja o local mais utilizado para dispersão do público. No caso dos dois blocos que tiveram suas situações resolvidas, a concentração serão na praça Garibaldi com a disperção na praça Isabel, a Católica - atravessando a avenida Aureliano de Figueiredo Pinto. Sobre o investimento para a realização da folia, Gornatti ressaltou que os blocos serão responsáveis pela colocação de banheiros químicos nos locais de concentração e dispersão, além da contratação de seguranças e ambulância. Eles também terão de arcar com a taxa de limpeza do DMLU.

As exigências da prefeitura também não foram bem aceitas pelos blocos. “Há grandes dúvidas sobre como vai ser cobrança”, disse o presidente da Liga das Entidades Burlescas da Cidade Baixa. De acordo com ele, foram apresentadas diversas obrigações por parte do executivo. “Está em vigor ainda a lei municipal 6619/90 que garante toda estrutura paga pela prefeitura. Como pode cobrar alguém quando ela deveria dar”, questionou.

Angeli ressaltou que os blocos estão com dificuldades para levantar os recursos necessários. “Alguns estão na lei de incentivo a cultura. Outros são dependentes de eventos para levantar fundos”, contou. O presidente também destacou que é impossível um bloco fazer o Carnaval de Rua com menos de R$ 10 mil. “Somando tudo é impossível com menos de R$ 10 mil. Tem bloco que não sabe da onde vai tirar dinheiro ainda e outros se endividando pra conseguir”, afirmou.

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