Escolas de samba de Porto Alegre cobram de Marchezan viabilidade de sambódromo

Escolas de samba de Porto Alegre cobram de Marchezan viabilidade de sambódromo

Prefeito condicionou desfiles de carnaval a apoio da iniciativa privada

Gabriel Jacobsen / Rádio Guaíba

Escolas de samba da Capital cobram de Marchezan viabilidade de sambódromo

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O presidente da Liga das Escolas de Samba de Porto Alegre cobrou neste sábado, em entrevista à Rádio Guaíba, uma solução da Prefeitura da Capital para a realização do carnaval no Sambódromo do Porto Seco. Juarez Gutierrez de Souza disse que as 26 escolas estão com tudo pronto para desfilarem no carnaval de 2017 e que cabe ao poder municipal viabilizar a estrutura do espetáculo. Segundo o presidente da Liga, a única certeza das escolas, hoje, é que haverá desfile, mesmo que fora do Porto Seco.

“Vamos cobrar do poder público o compromisso do governo de fomentar a cultura. Isso é constitucional, é um direito consolidado da nossa Capital. Desfile as escolas de samba estão prontas para fazer. Podem simplesmente ir pra rua e fazer o desfile. Já o espetáculo só tem como acontecer se a prefeitura estiver junto e botar a arena. Não temos autonomia do sambódromo. O poder público, que é detentor do evento oficial, tem que dizer como será”, cobrou Gutierrez de Souza.

Segundo o líder das escolas de samba, um evento sem apoio do poder público não ocorre desde a década de 1960 na Capital. Um encontro entre Gutierrez de Souza e integrantes da gestão Marchezan está prevista para esta segunda-feira.

Nessa sexta, através de nota no site da Prefeitura, o prefeito Nelson Marchezan Júnior anunciou a realização de um estudo sobre alternativas de captação de recursos para tentar viabilizar o desfile das escolas de samba em 2017. Conforme o chefe do Executivo, não há dinheiro em caixa para arcar com os custos das festividades. A estimativa é de que a maior festa popular da cidade custe cerca de R$ 7 milhões. Desse total, R$ 2 milhões seriam destinados a cachês dos carnavalescos e outros R$ 5 milhões para infraestrutura do sambódromo.

Marchezan pediu a análise aos secretários da Cultura, Luciano Alabarse; da Fazenda, Leonardo Busatto, e ao adjunto de Parcerias Estratégicas, Fernando Dutra. O prefeito se disponibilizou a conversar com empresários para buscar recursos da iniciativa privada e captar verbas de onde for possível para que os desfiles ocorram.

Conforme a assessoria de imprensa da Prefeitura, a equipe foi surpreendida por dois contratos somando R$ 300 mil, assinados em dezembro do ano passado, um para o fomento dos grupos do Carnaval da Capital. No último dia de dezembro, a antiga gestão pagou R$ 7 mil para o grupo especial e R$ 3 mil para a União das Entidades Carnavalescas do Grupo de Acesso de Porto Alegre, deixando uma dívida de R$ 290 mil com prazo de pagamento até 4 de janeiro.

Na reunião, o prefeito alegou que a situação financeira da Prefeitura de Porto Alegre é crítica. “O volume de despesas contratado na gestão anterior é muito superior ao das receitas previstas. Temos que priorizar quais serão pagas para garantir os serviços essenciais à população”, explicou.

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