Garis protagonizam um espetáculo à parte no Porto Seco

Garis protagonizam um espetáculo à parte no Porto Seco

Após cada desfile, eles fazem a festa da arquibancada

Bruna Cabrera

Ao todo, são 12 horas de trabalho na avenida

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Além das escolas de samba que atravessam a avenida do Porto Seco, há um grupo de garis que também roubam a cena. São entre 10 e 15 funcionários da Prefeitura que ajudam na limpeza depois que cada escola vai de uma ponta a outra de toda a extensão do sambódromo. Eles são protagonistas de um legítimo espetáculo.

Rodrigo Antonio da Silva Sampaio, 22 anos, conta que este é o segundo ano que ele trabalha no carnaval. Eles chegam por volta das 17h e só vão embora às 5h do dia seguinte. São 12 horas de trabalho que, segundo eles, vale a pena. “Emociona. É um momento marcante. Trabalho o ano todo na chuva e no sol, vir pra cá é satisfação”, conta Sampaio. 

Jéferson Correa, 22 anos, no entanto, conta que veio ao Porto Seco para garantir um extra. “Eu queria estar na festa”, confessa. “Mas também é legal ver o reconhecimento, os jornalistas chegam e se ajoelham para tirar fotos da gente, tudo só pra pegar o samba no pé”, revela, com um sorriso largo no rosto. Sampaio confirma que também preferia estar na arquibancada, mas, no mesmo segundo já muda de ideia. “Apesar que é melhor sambar na avenida. Na arquibancada tem muita gente. Aqui debaixo a gente dá o nosso próprio show, mesmo que isso seja trabalho”.

Segundo eles, um dos pré-requisitos para trabalhar nas noites de carnaval no Porto Seco é ter samba no pé. Não pode só cruzar a pista varrendo. Eles se revezam na hora de puxar o grupo e sempre um fica responsável por animar a arquibancada e cantar o samba-enredo da escola que passou por último. Ambos torcem pela Estado Maior da Restinga, que se apresentou na noite de sexta-feira, abrindo a folia. 

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