Rei Momo se despede após dez anos de reinado
Fábio Viçosa, que ostenta o título, vai trajar os figurinos mais marcantes de seu legado
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Viçosa encerra um ciclo. Depois de passar por procedimentos médicos ano passado, que quase o fez perder o movimento da perna direita, ele resolveu deixar o carvanal na avenida e passar a chave. "Prefiro sair deixando saudade. Estar aqui hoje é um presente de Deus", disse. "Recebi muito apoio nas redes sociais e isso foi decisivo para que eu estivesse aqui hoje", completou.
Para ele, quem ama o carnaval está na arquibancada e na avenida de Porto Alegre. "Eu fui uma vez ao Rio de Janeiro. Assisti ao primeiro desfile e, no dia seguinte, voltei para cá. Não tem como, carnaval para mim é aqui", revela o Rei que foi eleito em 1998, e ocupou o posto em anos alternados. O amor pela folia surgiu ainda com 13 anos, conta: "desfilei pelo bloco Alegríssimo, do Partenon, mas depois a escola se desfez. Continuei apaixonado por aquilo ali", diz ele. Quem o incentivou a se inscrever no concurso de Rei Momo foi a irmã.
Eu lembro da minha mãe dizendo no ano que recebi a chave: "este é o maior orgulho que uma mãe pode ter de um filho" e me emociono, porque aquele foi o último ano dela e o meu primeiro neste posto que eu amo", contou. Deu certo. Viçosa não só se apaixonou pelo carnaval, como também fez o carnaval parte da vida dele.
No fim, ele enfatizou as dificuldades financeiras que já atinge as escolas de samba e que ele acredita ser um reflexo da crise do país. "O desafio das escolas é usar a criatividade com materiais recicláveis e fazer uma festa linda, como vem acontecendo ano após anos, cheio de superação", concluiu.