Sete escolas desfilem hoje no sambódromo de São Paulo
Confira a ordem do desfile no Anhambi
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A Pérola Negra, que volta à elite do samba paulistano após ter sido campeã do Grupo de Acesso, abre a competição, contando a história do Bairro Vila Madalena por meio da dança, com o enredo “Do Canindé ao samba no pé. A Vila Madalena nos passos do balé”. Durante o desfile, haverá dança das águas, das aves, animais e até das caveiras. A bateria vai resgatar a cultura indígena. A ala das baianas vai simbolizar a dança na natureza.
Em seguida, a Vice-campeã do carnaval passado, a Unidos da Vila Maria vai apostar em um enredo em homenagem a Ilhabela, cidade do Litoral Norte de São Paulo, conhecida pela beleza de suas praias e pelas histórias de naufrágios. A proposta é tratar o lugar como uma espécie de ilha da fantasia.
Quarta colocada em 2015, a Águia de Ouro vem na sequência com o enredo “Ave Maria Cheia de Faces”. A ideia inicial era falar de Nossa Senhora Aparecida, mas a proposta foi mais longe e a escola da Pompeia prepara uma celebração a Maria, mãe de Jesus, como símbolo da feminilidade e da maternidade, com um enfoque mais filosófico do que religioso. Pretende tratar de fé, religiosidade, crença e devoção e, ao mesmo tempo, fazer uma homenagem à mulher, com ênfase nas figuras de destaque na História.
A Rosas de Ouro, que desfila em 3º lugar, apostará em “Arte à Flor da Pele. A Minha História Vai Marcar Você”. Na busca de um campeonato que teima em lhe escapar pelo vão dos dedos, castigando desfiles primorosos nos últimos anos, vai retratar a história da tatuagem, arte que se mantém viva em todas as civilizações há mais de cinco mil anos.
Será uma viagem no tempo e, paralelamente, uma aula sobre o tema. Em séculos de existência, a tatuagem identificou vencedores de batalhas, esculpiu corpos, consagrou rituais, desbravou mares e migrou com navegantes entre as civilizações. E hoje é idolatrada entre minorias, periferias, artistas e todos os que fazem da tatuagem um ato de afirmação, seja por rebeldia ou exibicionismo.
Depois de realizar uma apresentação mediana em 2015, que lhe garantiu um 7º lugar, a Nenê de Vila Matilde aposta, para sair do Anhembi com o título em 2016, em um enredo biográfico homenageando a atriz, dançarina e produtora Cláudia Raia, que é destaque na encenação de grandes musicais ao estilo da era de ouro do cinema. A proposta é apresentar um musical ao ar livre, dando forma e conteúdo à história bem-sucedida de uma menina chamada Maria Cláudia, levada ao estrelato.
Penúltima a desfilar na primeira noite, a Gaviões da Fiel, que vem de um 9º lugar, aposta no enredo “É Fantástico! Imagine, Admire e Sinta!”. Com dificuldades para cruzar o Anhembi sem referências que remetam ao Corinthians, tentará virar o jogo com um enredo abstrato. O tema fala sobre sensações humanas diante de criações fantásticas, partindo do princípio que tudo começa a ganhar novas formas, sentidos e rumos, originando sempre um espetáculo transmutável para outros mundos, universos do faz de conta e abismos do subconsciente.
Encerrando, a 12ª colocada de 2015, que escapou por pouco de cair para o Grupo de Acesso, a Acadêmicos do Tatuapé vai homenagear a Beija-Flor de Nilópolis. O enredo lembrará os grandes títulos e desfiles históricos da agremiação do carnaval carioca com o tema “É ela, a Deusa da Passarela – Olha a Beija-Flor aí gente!”. Sonhando com a vitória, a escola decidiu se inspirar na tradição de uma campeoníssima. O carro abre-alas vai mostrar a união das cores das duas agremiações. Em seguida, a escola vai desfilar alas que representam enredos históricos da Beija-Flor.
Neste sábado, outras sete escolas de samba cruzam o Anhembi. A apuração do Grupo Especial ocorre a partir das 16h de terça-feira. O Desfile das Campeãs será dia 12.
Ordem do desfile:
23h15min Pérola Negra
0h25min Vila Maria
1h35min Águia de Ouro
2h45min Rosas de Ouro
3h55min Nenê
5h05min Gaviões da Fiel
6h15min Tatuapé
