Cate Blanchett enfim encontra Woody Allen em novo filme
Atriz confessou sonho de trabalhar com o diretor até atuar em "Blue Jasmine"
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Após problemas com a produção de seus filmes nos Estados Unidos, ele resolveu dar um tempo, rodou oito fitas na Europa, sendo que a melhor delas, “Meia Noite em Paris” (de 2011) foi sucesso comercial e indicada, venceu o Oscar de Melhor Roteiro Original.
Enfim, após se cogitar que Woody até poderia fazer um filme aqui no Brasil, projeto logo esquecido, eis que o diretor retorna, na calada do estúdio, aos Estados Unidos com “Blue Jasmine”, que estreou há pouco nas telas dos cinemas norte-americanos. A produção foi totalmente rodada na cidade predileta de Allen, Nova Iorque, e em São Francisco, cenários que exemplificam os diferentes, absurdos e trágicos momentos da ciranda dramática da protagonista, interpretada por Cate Blanchett. Como pedem aqueles bons e conhecidos roteiros do mestre Allen, as cidades funcionam como um divisor de águas na vida da socialite Jasmine, uma mulher muito doida cujo delicado estado mental se agrava bastante quando ela perde a sua fortuna e o status na alta sociedade de Nova Iorque depois que o marido (Alec Baldwin), um rico investidor financeiro é preso por fraude.
Blanchett adorou o roteiro que Allen lhe enviou, finalmente. Um papel cheio de nuances de uma mulher que se sente plenamente estabelecida no lugar que ela considera como seu, entre os iguais, e que termina fazendo atos nem tão glamourosos para sobreviver em São Francisco, onde vai morar com a irmã (Sally Hawkins) em fuga da derrocada na Big Apple; desesperada em busca de conforto que ela só encontra na vodca e nos antidepressivos. Blanchett destacou que não precisou gostar de Jasmine para interpretar o personagem que lhe inspirou muita pena: aquele tipo de mulher que não vive sem segurança financeira.