CCMQ apresenta instalação “Terra úmida em chão de asfalto”

CCMQ apresenta instalação “Terra úmida em chão de asfalto”

Exposições dos artistas Luísa Prestes e Wagner Mello estarão abertas para visitação no Espaço-Experimento Jardim de inverno

Correio do Povo

A ocupação aborda memória individual e/ou coletiva e os saberes oriundos da natureza e da ancestralidade

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A partir desta quinta-feira, 23, às 18h, a Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) apresenta a instalação “Terra úmida em chão de asfalto”. Com curadoria de Pâmela Zorn e Vitória Morlin, colaboradoras da CCMQ, a exposição abre o calendário de 2023 do projeto Espaço-Experimento, que chega a sua 6ª edição. A mostra é constituída por uma instalação formada a partir de uma conjugação entre as poéticas exploradas pelos artistas Luísa Prestes e Wagner Mello, estabelecendo uma intersecção entre suas proposições estéticas. 

Tensionando a ideia de origem, memória e circularidade, a mostra instiga a percepção para o potencial criativo existente em espaços muitas vezes considerados inóspitos. Dessa forma, a ocupação deste Jardim de Inverno da Casa de Cultura Mario Quintana instaura uma reflexão sobre cuidado e rigidez, materializada a partir do acesso à conhecimentos ancestrais ou obtidos por meio de uma relação com a natureza. Formada por objetos, matérias orgânicas, fotografias e pinturas em campo expandido, a instalação apresenta-se como um espaço simbólico aberto à cura e ao acolhimento dos visitantes, onde as formas, as cores e os elementos emaranham-se uns aos outros, provocando novos sentidos e configurações. 

Sobre os artistas

Luísa Prestes é artista visual, pesquisadora e arte-educadora. Participou de residências, ações, performances e exposições no Brasil e no exterior. Vive e cria a partir da noção do fazer artístico como o próprio tecer de existência na teia da vida. Seu trabalho apresenta forte interesse por questões ecológicas e pela valorização de modus vivendi conectados aos saberes intuitivos, naturais e ancestrais. Atualmente tem se dedicado mais intensamente à linguagem da pintura, onde busca criar espaços simbólicos de acolhimento, cura e respeito às subjetividades sensíveis às forças e formas da natureza.

Wagner Mello é artista e educador que atua no campo das artes visuais e gráficas e da educação social. Medeia atividades relacionadas à difusão da publicação independente e ilustração e atua no circuito de arte de forma autônoma, articulando e produzindo em diversas frentes. Em sua produção, exercita o experimento gráfico como construtor de narrativas, buscando na imagem uma dimensão política de criar e perpetuar vizinhanças, que transita entre técnicas, da colagem ao digital, do desenho à fotografia, do não dito à palavra. Participa de projetos especiais, como a intervenção artística no muro do Goethe-Institut Porto Alegre e expôs no Museu de Arte do Rio Grande do Sul e no Cité Internationale Des Arts (França), entre outros.

Sobre as curadoras

Pamela Zorn (@pamelazorn_art) é artista visual e arte educadora. Bacharela em Artes Visuais (UFRGS), está atualmente desenvolvendo seu Mestrado em Poéticas Visuais na mesma universidade. Tem experiência com mediação educativa em museus e ministra oficinas de arte independentes. Em 2022 conquistou o Destaque Artista no XV Prêmio Açorianos em Artes Plásticas, em Porto Alegre. Atualmente, atua como colaboradora no Educativo da Casa de Cultura Mario Quintana. Sua principal linguagem é a pintura, embora utilize fotografia, desenho e escrita subjetiva em seu processo artístico. Ela explora questões acerca de autorrepresentação, identidades raciais e interracialidade no Brasil, assim como o conceito de memória.

Vitória Morlin é pesquisadora, historiadora da arte formada pela UFRGS e bacharelanda em Relações Públicas pela mesma universidade. Possui experiência em produção cultural, projetos educativos e mediação. Atualmente, atua como colaboradora no Educativo da Casa de Cultura Mario Quintana. Co-curadora da exposição de curadoria compartilhada “O moderno que eu faço – Narrativas da experiência” (Pinacoteca Ruben Berta, 2018) e da coletiva “Brecha” (Casa de Cultura Mario Quintana, 2021). Na pesquisa, tem interesse por práticas artísticas colaborativas, que se evidenciam na intersecção entre artistas, instituições de arte e comunidades, buscando compreender seus processos de legitimação no sistema de arte contemporâneo.


Serviço
“Terra úmida em chão de asfalto”
Abertura: 23 de março, quinta-feira | 18h
Visitação: de terça a domingo, das 10h às 20h – entrada franca
Onde: Espaço-Experimento Jardim de Inverno, Mezanino do Prédio Gasômetro


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