CCMQ sedia exposição que homenageia mulheres negras gaúchas

CCMQ sedia exposição que homenageia mulheres negras gaúchas

“Donas da História” ocupa o Espaço Oliveira Silveira

Correio do Povo

Mostra estreiou no Salão Negrinho do Pastoreio, do Palácio Piratini, por ocasião das comemorações do centenário da sede do Executivo Estadual e dos 50 anos da instituição do 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra, movimento iniciado no Rio Grande do Sul.

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Donas da História” é a exposição que abre neste sábado, no Espaço Oliveira Silveira da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ – Andradas, 736, 5º andar), que homenageia mulheres negras gaúchas, através de 16 fotografias de personalidades, sendo oito delas vivas, que podem ser conferidas até o dia 9 de março.  A curadoria é da historiadora da arte e curadora do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), Izis Abreu, e da assessora de Diversidade da Sedac, Clarissa Lima. 

 Donas da história esteve em exposição no salão Negrinho do Pastoreio, no Palácio Piratini, por ocasião das comemorações do centenário da sede do Executivo Estadual e dos 50 anos da instituição do 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra, movimento iniciado no Rio Grande do Sul. Dno lançamento, a presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, Vera Daisy Barcellos, uma das homenageadas, evocou lembranças carregadas de emoção. “Em 1970 eu estava ao lado de Oliveira Silveira, jovem poeta e militante que provocava a juventude para que nos inteirássemos sobre o movimento negro. Ali estava sendo gestado, por homens e mulheres negros e também por não negros, aquilo que seria o 20 de novembro. Estar hoje neste espaço, subindo as escadas deste palácio com tapete vermelho, é algo muito significativo, considerando que a maioria de nós, mulheres negras, está sempre escondida no trabalho serviçal”, disse Vera Daisy.

Izis Abreu, uma das curadoras da exposição, explica que a iniciativa partiu de pesquisas sobre a representação de sujeitos negros na história da arte, especialmente a figura das quitandeiras negras. “Não se fala da importância dessas mulheres para a história do povo negro, mas elas foram essenciais, porque, através da atividade da quitanda, conseguiam comprar a sua alforria e a de outros escravizados e ascender socialmente. A partir disso, quisemos pensar o que as mulheres negras estão fazendo hoje e como estão avançando e lutando contra o racismo”, explica Izis.

O período da exposição integra também a programação do Dia Internacional da Mulher na CCMQ. A visitação ocorre diariamente, das 10h às 20h, com entrada franca. 


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