Cemitério de Automóveis encerra trilogia com "Pequod - Só os Bons Morrem Jovens"

Cemitério de Automóveis encerra trilogia com "Pequod - Só os Bons Morrem Jovens"

Espetáculo tem temporada on-line gratuita de hoje a domingo

Correio do Povo

Irmãos Nando e Maurício se reencontram, por ocasião da morte do pai, quando acertam as contas e fazem avaliação dos erros e acertos de suas vidas.

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“Pequod – Só os Bons Morrem Jovens” é a montagem inédita do Grupo de Teatro Cemitério de Automóveis, em cartaz de hoje a domingo, às 19h, com transmissão ao vivo e ingressos gratuitos pela plataforma Sympla Streaming. No encerramento da curta temporada haverá bate-papo com o dramaturgo e diretor Mário Bortolotto.

O espetáculo encerra uma trilogia dos irmãos Nando e Maurício, personagens que apareceram pela primeira vez no texto “Fica Frio” (1989) e retornaram em “Tempo de Trégua" (2000). Apesar de ser uma peça com temática linear, o público não precisa ter visto as primeiras para acompanhar “Pequod".  Nando, agora já bem mais velho, mora sozinho em um barco. Raramente ele sai de lá. Mauricio o encontra para comunicar o falecimento do pai. Nesse último encontro entre os irmãos, velhas contas serão acertadas e os dois irmãos finalmente poderão avaliar o que fizeram de suas vidas e onde conseguiram acertar e onde erraram de maneira desastrosa. Outros dois novos personagens aparecem nessa peça. Um amigo de Nando, um velho asmático e uma garota de procedência misteriosa que frequenta o barco onde Nando mora.

Os Irmãos Nestor Araújo vêm de uma família abastada do interior do Paraná. Os dois têm personalidades opostas. Nando é o mais velho e muito cedo saiu de casa, recusando qualquer ajuda da família. Sempre viveu de pequenos trabalhos e pequenos delitos, preferindo ficar à margem da sociedade. Já Maurício, é o filho que fez tudo o que esperavam dele: ficou junto dos pais, cuidou dos negócios da família, casou e levou uma vida que sempre primou pela mais perfeita retidão. Os dois apareceram pela primeira vez em  “Fica Frio” ainda bem jovens. Maurício era incumbido pelo pai de encontrar o irmão e tentar trazê-lo de volta para casa. Ele o encontra, mas acaba tendo que fugir junto com o irmão, que havia acabado de assaltar uma joalheria. Os dois caem na estrada e a viagem acaba sendo uma espécie de ritual de iniciação para o jovem. Em “Tempo de Trégua”, eles voltam a se encontrar numa reunião de família no Natal. Maurício já está casado e leva a esposa. Nando surpreendentemente aparece depois de muito tempo longe de casa. Mas a sua visita só prova o quanto ele não se sente bem-vindo em nenhum lugar do mundo. 

Em “Pequod” Bortolotto assina o texto e direção, além da sonoplastia, e integra o elenco ao lado dos atores Nelson Peres, Fernando Castioni e Rebecca Leão. A concepção da luz do espetáculo é do experiente iluminador Caetano Vilela. A cenografia realista, que traz a cabine de um barco ancorado, é criação dos irmãos Mariko Ogawa e Seiji Ogawa. As filmagens para a versão em vídeo ficarão sob a coordenação do experiente diretor de fotografia Cauê Angeli (“GIG - A Uberização do Trabalho”, “Jaci”, entre outros). 


 


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