Cerca de 8,4 mil pessoas vivenciaram o 16º Festival Palco Giratório Sesc em Porto Alegre

Cerca de 8,4 mil pessoas vivenciaram o 16º Festival Palco Giratório Sesc em Porto Alegre

Tradicional evento cultural do Estado levou 42 sessões para o público no mês de maio

Correio do Povo

Laila Garin e Cláudia Ventura dividem o palco com Leonardo Miggiorin

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O 16º Festival Palco Giratório Sesc chegou ao fim em Porto Alegre neste domingo, dia 29 de maio, com o espetáculo “De Tempo Somos”, um sarau comemorativo sobre os 40 anos de história do Grupo Galpão, de Minas Gerais. Em 18 dias com 42 apresentações, 8,4 mil pessoas ocuparam cinco teatros da Capital - São Pedro, Sala Álvaro Moreyra, Bruno Kiefer, Renascença e Sesc Alberto Bins - e cerca de 650 acompanharam as atrações gratuitas no Parque Farroupilha (Redenção).

O espetáculo com maior público da edição foi “A Hora da Estrela ou o Canto de Macabéa”, apresentado no primeiro final de semana no Theatro São Pedro para 1,2 mil pessoas, com as atrizes Laila Garin, Claudia Ventura e o ator Leonardo Miggiorin no elenco. “Acompanhamos um movimento importante das plateias durante esses dias, que lotaram os teatros para acompanhar a produção artística apresentada na programação. Foi possível perceber a empolgação do público em voltar aos espaços para assistir aos espetáculos presencialmente”, destacou o gerente de Educação, Assistência e Cultura do Sesc/RS, Silvio Bento.

Mesmo com valores acessíveis para os ingressos, de R$ 15 a R$ 50 possibilitou a mais de 4,5 mil pessoas o acesso gratuito por meio do projeto Formação de Plateias. “Essa iniciativa é essencial para que possamos cumprir nossa missão de promover acesso a manifestações culturais ao maior número de pessoas e de criar uma conexão do público com a arte. Dessa forma, podemos proporcionar a professores e alunos de escolas públicas, participantes de organizações comunitárias e estudantes de artes cênicas momentos que podem ser transformadores e trazer novos olhares sobre o mundo”, acrescenta o gestor.

De 12 a 29 de maio, o Festival aqueceu o cenário cultural, tão afetado durante a pandemia com o cancelamento de diversas apresentações e fechamento dos espaços. A retomada significou o reencontro entre as companhias artísticas de diferentes partes do País com os espectadores, mas também um movimento econômico para o setor. Entre atores e suas equipes, produtores e técnicos, foram quase 300 profissionais envolvidos para a realização do Palco Giratório na capital gaúcha.

Com objetivo de manter o intercâmbio entre a classe artística dos diferentes cantos do Brasil, as ações formativas, em sua maioria, ocorreram em ambiente virtual, por meio da plataforma Zoom. De forma gratuita, foram realizados 16 encontros que mantiveram uma média de 170 participantes para debater temas como tecnologia, políticas públicas, impacto da pandemia nas artes cênicas e festivais híbridos.

Duas peças, que seriam apresentadas no último dia de Festival, na Redenção, foram transferidos para 18 de junho, devido à previsão de chuva. As obras “Deus e o Diabo na Terra da Miséria”, do grupo Oigalê (RS) e “Faísca D’Água: O Encontro da Natureza com a Humanidade”, do Ueba Produtos Notáveis (RS), acontecerão às 11h e 14h, respectivamente.

Espetáculos transferidos 16º Festival Palco Giratório Sesc, a mudança de data foi realizada em razão da chuva

18/06 (sábado) *espetáculos gratuitos

Deus e o Diabo na Terra da Miséria

Grupo Oigalê (RS)

Horário: 11h

Local: Cancha de Bocha do Parque Farroupilha (Redenção)

Sinopse: O espetáculo, que estreou em 1999 e tem 23 anos de atuação, é baseado no Capítulo XXI do Livro Dom Segundo Sombra, de Ricardo Güiraldes. Essa é uma farsa gaudéria que aborda o universo de Miséria, um gaúcho dono de uma ferraria que certo dia recebe a visita de Nosso Senhor e São Pedro. É agraciado com três pedidos, com os quais engana os diabos. Mas Miséria, por ter enganado Deus e o Diabo, não entrou no céu e nem no inferno, por isso se diz que desde então a miséria ficou vagando pelo mundo.  

Faísca D’Água: O Encontro da Natureza com a Humanidade

Ueba Produtos Notáveis (RS)

Horário: 14h

Local: Expedicionário - Parque Farroupilha (Redenção)

Sinopse: Faísca D'Água aborda a importância da preservação dos saberes e fazeres do povo brasileiro, iniciando pelas tradições dos povos originários, a chegada dos europeus e dos africanos, até os atuais imigrantes. Tem como mote o embate entre natureza e humanidade, uma vez que, no enredo, a natureza resolve tirar a água da humanidade. O ponto de partida é o encontro de dois seres cheios de sabedoria: um representa a magnitude dos seres humanos e seus modos de cultivo, e o outro está ligado à terra, seus elementos, geografia, fauna e flora. O encontro desses personagens faz o público refletir sobre mitos, lendas, cultivos, partindo de suas origens e de como eles constroem a identidade de um povo a partir da diversidade.  


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