Chico Buarque faz show intenso e vibrante

Chico Buarque faz show intenso e vibrante

Artista faz última apresentação dos espetáculos da turnê "Que Tal Um Samba", em Porto Alegre neste sábado (5)

Marcos Santuario

Artista faz última apresentação dos espetáculos da turnê "Que Tal Um Samba", em Porto Alegre neste sábado (5)

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A cantora Mônica Salmasso abriu com maestria o show de Chico Buarque na noite desta sexta-feira, no Araújo Vianna. Ela escolheu de forma certeira algumas das canções do mestre Chico ara preparar o público. Na mosca. Cantou e encantou, abrindo alas para entrada triunfal do genial cantautor que aproveitou a presença da cantora para um dueto inicial encantador. E seguiu criando vibrações sonoras e poéticas ao lado dos sete experientes e talentosos músicos da banda, capitaneados pelos arranjos e pelo violão de Luís Cláudio Ramos.

Mônica permaneceu nas primeiras canções e depois retornou em várias músicas ao lado de Chico emprestando doçura de voz para a poesia potente do artista. Daí surgiram vários duetos, compondo a geografia sonora do espetáculo, que teve um pouco dos vários momentos criativos do poeta.  Teve “O Meu Guri”, “Canção Desnaturada”, “Biscate”, "Barranca Blues”, “Samba do Grande Amor”, “Sob Medida” e "João e Maria”, além das recentes “Blues Para Bia” e “As Caravanas”.

A cenografia dá show de luzes e texturas, com imagens delicadamente pousando sobre a geometria ao fundo dos artistas. Em frente ao palco, um público atento e efusivo, que lotou o auditório Araújo Vianna, acompanhando em clima de sedução artística a performance de Chico.

Em determinado momento da hora e meia de show, na mágica do palco, ao estilo banquinho e violão, Chico desfila uma série de sambas da melhor qualidade “buarquiana”. E seguiu colocando poesia e música em total sintonia com o equilíbrio entre um clima intimista desejado e um ritmo quase dançante, e muito envolvente. Sem parar de cantar, as únicas palavras que se ouvem são da sua poesia. Só teve boa noite e depois o obrigado no olhar e no sorriso. Chico se dedica a dar o que seu público quer: sua música poética e sua poesia melódica, intensa e marcante. Certeira e penetrante . Está no palco como o verdadeiro artista brasileiro que é.

Foto: Ricardo Giusti

Uns bons minutos depois de cantar muito, para somente para apresentar a banda, apontar feliz a presença na plateia do escritor Luís Fernando Veríssimo, a quem aplaudiu. Na sequência saudou a democracia e foi ovacionado. De novo. Um espetáculo à altura do artista. Uma arte à altura do país. E neste sábado tem mais. O espetáculo se repete às 21h, no Auditório Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 685).


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