Chimarrão, hits e lembranças do início da carreira marcam a "Superturnê" de Jão em Porto Alegre

Chimarrão, hits e lembranças do início da carreira marcam a "Superturnê" de Jão em Porto Alegre

Fenômeno do pop nacional encheu o Estádio Passo D'Areia em noite apoteótica para os fãs

Jonathas Costa

Fenômeno do pop, Jão apresentou sua Superturnê na noite deste sábado em Porto Alegre

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Para um público de mais de 10 mil pessoas completamente eufóricas, Jão apresentou a sua "Superturnê" neste sábado em Porto Alegre, em uma noite de céu limpo e lua cheia marcada por hits, memórias e paixão recíproca entre fãs e artista.

O fenômeno do pop nacional encheu o Estádio Passo D’Areia, na zona Norte da Capital, com uma plateia jovem, cheia de energia e apaixonada. Enfileirou hits, fez confissões, lembrou das passagens anteriores pelo Rio Grande do Sul, correu pelas passarelas que formavam um retângulo no meio do gramado, dançou, foi içado a 30 metros de altura e bebeu chimarrão. Jão, mais do que ninguém, aproveitou a noite. “Eu queria estar aí em baixo com vocês, vivendo isso tudo”, confessou ao público, que pediu: “desce, desce”.

E ele desceu. Antes de cantar “Maria”, como parte da programação da turnê ele escolheu alguém da plateia para receber uma carta escrita a mão por ele mesmo. Míope, apertou os olhos para identificar quem merecesse o mimo alçado a condição de relíquia por qualquer fã. A sortuda foi Gabriele, aniversariante da noite. Recebeu um abraço, um recado ao pé do ouvido e a carta das mãos de Jão.

Fenômeno do pop, Jão apresentou sua Superturnê na noite deste sábado em Porto Alegre | Foto: Ricardo Giusti

A "Superturnê" marca o lançamento do quarto disco da carreira do artista. "Super" representa o elemento fogo na história que ele começou a contar nos trabalhos antecessores com "Pirata" (água), "Anti-herói" (ar) e "Lobos" (terra).

Em Porto Alegre, no sétimo show da temporada, Jão lembrou o início da sua trajetória e de outras passagens pelo solo gaúcho. "A primeira vez que eu estive em Porto Alegre foi no teatro Unisinos em 2018. Vocês estavam lá? A probabilidade é pequena, tinham poucas pessoas", brincou.

"Mas foi um show lindo, incrível, e foi ali o começo da nossa história, quando gente começou a se conectar. E cada vez que eu voltava, tinham mais pessoas, e mais, e foi chegando mais... O amor foi aumentando. Nós fomos nos apaixonando uns pelos outros. Até que chegarmos aqui, na Superturnê."

A euforia que os fãs fizeram questão de demonstrar pelo cantor é justificável. Além de talentoso e sagaz na capacidade de traduzir as desilusões amorosas da juventude, Jão é extremamente carinhoso com seu público. "Eu tenho histórias lindas aqui e eu sou muito grato por todo o amor que vocês me dão. Não sei se todo mundo sabe, mas vender ingresso no Brasil é uma coisa muito difícil. Se não está atrelado a uma festa, a um open bar, e você é um artista ali no fundo, uma atração… vender ingresso porque as pessoas querem vir até aqui para cantar junto, pra tocar, pra se amar, isso é muito raro. E é por isso que eu dou tanto valor ao que vocês fazem por mim. Muito, muito obrigado, de verdade", confessou, aos gritos de "Jão, eu te amo".

Respondeu ao carinho com um "muito obrigado Porto Alegre… bah!", mas evitou tentar replicar o sotaque gaúcho para, em suas palavras, não ficar caricato demais. Ainda assim avisou: "Estão preparando o chimarrão lá atrás… eu sou gaúcho caras, vocês não sabem de nada!". E de fato o chimarrão chegou no palco. Ao som de "Locadora" e com a banda sentada em um cenário que remetia a um cinema dos anos 1990, Jão pegou a bebida típica dos gaúchos e entre um verso e outro encenou bebê-la. Voltou a fazê-lo quando a música terminou.

Jão posou com um chimarrão em cima do palco durante o show | Foto: Jonathas Costa / Especial / CP

Em um dos momentos mais emocionantes da noite, Jão apresentou "Monstros" com o estádio iluminado pelas luzes dos celulares de uma plateia em coro. A música é uma poderosa expressão de luta interna e autoaceitação que se conecta com a realidade da maioria de seu público. "Me sinto só desde criança. / Mesmo com gente ao meu redor. / Sempre lutei por liberdade. / Mas ser livre me fez só.", diz a letra. O gigante Jão a muito não está só. Seus fãs, pelo menos durante as duas horas de conexão completa entre artista e plateia, também não.


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