China recua e desiste de reabrir cinemas por medo de nova onda do coronavírus

China recua e desiste de reabrir cinemas por medo de nova onda do coronavírus

Mais de 600 salas tinham recebido permissão para reabertura nesta semana

Correio do Povo

Muitos cinemas passaram por dedetização antes da reabertura marcada para essa semana

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A China, após sofrer uma grande crise por causa do novo coronavírus, tinha anunciado a reabertura de mais de 600 salas de cinema pelo país na semana passada. No entanto, o governo chinês recuou, nesta sexta-feira, e determinou que os cinemas continuem fechados, segundo informou o site The Hollywood Reporter

Os cinemas que iriam reabrir estavam localizados nas províncias de Xinjiang, Shandong, Sichuan, Fujian e Guangdong.

Segundo a publicação, nenhuma explicação oficial foi divulgada diante do decreto, mas estima-se que as autoridades temem uma segunda onda de pandemia do novo coronavírus. 

A decisão foi um choque, dados os sinais que as autoridades tinham enviado há um dia. Nessa quinta-feira, o governo municipal de Xangai anunciou que 205 dos cinemas da cidade haviam recebido permissão para retomar os negócios no sábado. 

Sem opção de streaming

No início da semana, o China Film Group, o distribuidor dominante apoiado pelo estado, havia divulgado um plano para permitir que os cinemas colocassem antigos sucessos de bilheteria para atrair clientes, como, por exemplo, a franquia dos Vingadores, e o ganhador do Oscar 2019, "Green Book".

"Esse segundo fechamento não será uma questão de uma ou duas semanas", disse um executivo de uma grande empresa de exibição ao The Hollywood Reporter, que pediu para não ser identificado. "Eles serão ainda mais cautelosos quando tentarem reabrir novamente - e isso nos atrasará por muito tempo", acrescentou. 

Um executivo de uma das principais empresas de distribuição do país disse que não possuem permissão de lançar os seus filmes online, como ocorre em outros países que tem Netflix e outras plataformas de streaming. "Não podemos ir aos cinemas porque eles estão novamente fechados, por isso é como se não houvesse saída", disse o executivo para a reportagem do The Hollywood Reporter. 

"Eles precisam apresentar uma nova política e liberar alguns de nossos filmes on-line; caso contrário, muitas de nossas empresas de filmes fecharão o negócio".


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