Christie's vai leiloar obra de Picasso em mãos privadas há quase 60 anos

Christie's vai leiloar obra de Picasso em mãos privadas há quase 60 anos

Propriedade de uma família há três gerações, a casa de leilões Christie's colocará "Jacqueline en costume turc" de Pablo Picasso à venda em Nova York em novembro, com um preço estimado entre US$ 20 milhões e US$ 30 milhões

AFP

Este retrato de Jacqueline Roque, a última grande paixão e musa do artista espanhol Picasso, será acompanhado por outras 17 obras da Coleção Stella, incluindo obras de Joan Miró, Marc Chagall, Henri Matisse, Georges Braque e Max Ernst

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Propriedade de uma família há três gerações, a casa de leilões Christie's colocará "Jacqueline en costume turc" de Pablo Picasso à venda em Nova York em novembro, com um preço estimado entre US$ 20 milhões e US$ 30 milhões.

Este retrato de Jacqueline Roque, a última grande paixão e musa do artista espanhol, será acompanhado por outras 17 obras da Coleção Stella, incluindo obras de Joan Miró, Marc Chagall, Henri Matisse, Georges Braque e Max Ernst, entre outros artistas.

As obras a serem vendidas pela Christie's na semana de 8 a 12 de novembro foram adquiridas por um colecionador entre a década de 1950 e o início da década de 1960 diretamente dos artistas ou de galeristas conhecidos da época, como Daniel-Henry Kahnweiler e Galerie Maeght.

Para a especialista em leilões Vanessa Fusco, o que é "extraordinário" nesta coleção é que "ela permanece na mesma família há três gerações". 

Além disso, tem a particularidade de o colecionador, cujo nome não foi divulgado, ter mantido relações amigáveis com muitos dos artistas que pintaram os quadros expostos em sua sala.

"Existem fotos incríveis com Pablo Picasso, Joan Miró e Marc Chagall, com quem ele desenvolveu, em particular, uma estreita amizade", disse Fusco à AFP. 

A joia da coroa da coleção é, sem dúvida, a obra de Picasso, que faz parte de uma série de retratos de Jacqueline sentada. Pintada em 1955, segue o rasto da obra de "La Femme D'Alger", baseada na obra homônima de Delacroix, que é considerada o seu maior marco após a Segunda Guerra Mundial. 

"Claramente impressionado com sua surpreendente nova musa, ele a transformou em uma odalisca majestosa, envolta em uma combinação elaborada de linhas, padrões e cores semelhantes a joias", diz Fusco. 

Em memória de seu amigo e rival Henri Matisse, falecido em 1954, Picasso pintou esse quadro em um estilo bem matissiano, usando as roupas e decoração como forma de evocar a fantasia sedutora do orientalismo.

A obra foi emprestada pela família para a exposição que o Museu de Arte Moderna de Nova York organizou em 1957 por ocasião do 75º aniversário de Picasso. 

Além deste quadro, no Dia do Impressionismo e da Arte Moderna, uma obra que Miró pintou em 1954, "Le serpent glisse vers l'azur parsemé des flèches", também será colocada à venda por entre 1 e 1,5 milhão de dólares, e um autorretrato de Chagall de 1940 ($ 500.000-700.000). 

No dia 11 de novembro, a Christie's também colocará outra obra de Picasso, "Mousquetaire à la pipe", à venda por US$ 30 milhões.

af/dga/mr/mvv


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