Christopher Nolan comenta dificuldades para realizar "Dunkirk"
Longa sobre a Segunda Guerra Mundial chega aos cinemas brasileiros em 27 de julho
publicidade
“Os estúdios estão interessados em filmes sobre americanos, e essa história não tem americanos envolvidos. Então eu não quis abordar isso até ter total certeza de que o estúdio me deixaria fazer um filme britânico, mas com orçamento de um filme americano. Essa foi a oportunidade que tive e aproveitei”, comentou Nolan. Para conseguir o financiamento, ele apostou na experiência que queria levar ao público.
“Minha ideia para a Warner foi a seguinte: vamos colocar o público no cockpit de um avião de caça e deixá-los em um combate com os aviões Messerschmitt. Vamos colocá-los na praia, sentindo a areia por todos os lugares, lutando com as ondas. Vamos colocá-los em pequenos barcos civis saltando as ondas nessa enorme jornada para uma zona de guerra aterrorizante. Vamos fazer a realidade virtual sem óculos”, contou.
Nolan comentou a dificuldade de gravar com muitos figurantes em cena em razão da história relatada. "Há muitos homens na praia, de costas para o mar, não é fácil controlá-los para dar a veracidade que eu queria. Essa é uma das maiores batalhas da história e eu quero contá-la há bastante tempo", revelou. Por conta disso, o cineasta disse que há muita tensão no filme e que rodar as cenas não foi algo simples.
O britânico de 44 anos também comparou a escalação do cantor Harry Styles, ex-One Direction, com a escolha de Heath Ledger como o Coringa, papel que rendeu ao falecido ator o Oscar de Melhor ator coadjuvante."O que vi na audição foi alguém carismático, que tinha uma veracidade e uma sutileza em sua performance como ator. Quando escalei Heath Ledger como o Coringa, muitas pessoas levantaram as sobrancelhas e comentaram", contou. "Como diretor, preciso confiar nos meus instintos, na minha habilidade de perceber quem é a pessoa certa para o papel. Não estou preocupado com a bagagem", finalizou.