Chuva embala primeira noite de Carnaval em Porto Alegre
Pista escorregadia, alegorias inacabadas, falta de fantasias e adereços marcaram desfile no Porto Seco
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Com a passarela Carlos Alberto Barcellos Roxo molhada, a União da Vila do Iapi foi a primeira a cruzar a avenida no Complexo Cultural do Porto Seco. Falando sobre Cabo Verde, apesar da apresentação tímida, a bateria surpreendeu ao trocar de roupa no momento do recuo. A escola lembrou as vítimas da tragédia de Santa Maria e carnavalescos já falecidos.
A Acadêmicos de Gravataí contou a história da cidade onde a escola está instalada desde 1961. Com desfile linear com precisão nos detalhes, ousou ao juntar o tradicionalismo com o samba, agradando o público. Em um tripé, represetando um bolo comemorativo aos 250 anos do município, balões brancos foram soltos em memória das 238 mortos e centenas de feridos na boate Kiss.
De Viamão, a Unidos de Vila Isabel prometia uma grande apresentação mostrando a história dos estádios do Grêmio, mas apresentou problemas nos carros alegóricos, comprometendo o desfile. Mesmo promovendo uma “avalanche” no carro que simbolizava o Olímpico Monumental, a escola deve ser penalizada por pecar em outros quesitos, como por exemplo a falta do quarto carro “A nova morada a Arena do Imortal”, que quebrou e ficou emperrado na concentração do Porto Seco.
Retornando ao Grupo Especial, a Praiana apresentou o problema da drogadição. A escola trouxe como destaque a ex-peoa do reality A Fazenda 5, da TV Record, Ângela Bismarchi. Mas houve problemas na apresentação das alas, como, por exemplo, alguns integrantes desfilando de pés descalços e sem adereços na cabeça - baianas e ritmistas - além de alguns carros faltando os destaques.
Com fantasias bem acabadas, luxuosas e com adereços imponentes, a Bambas da Orgia abordou o símbolo da escola: a águia. A agremiação fez um desfile impecável que empolgou a passarela do samba e a credenciava como o melhor desfiile da noite. Mas, já no fim da apresentação, foi traída pelo último carro que quebrou e obrigou que muitos destaques descessem no meio da pista, e ajudassem a empurrar a alegoria.
Segundo o coordenador de Manifestações Populares da Secretaria Municipal de Cultura, Joaquim Lucena, o problema na pista do Porto Seco, que causou várias quedas de sambista, não foi causado pela pintura realizada durante a semana, mas pela chuva fina constante que tornou o piso extremamente escorregadio. " Apesar de todos os problemas que as escolas enfrentaram e a quase interdição do sambódromo, foi um bonito espetáculo, todos se superaram", minimizou.