Cia Clandestinos produz documentário voltado à construção da consciência negra e resistência ao racismo

Cia Clandestinos produz documentário voltado à construção da consciência negra e resistência ao racismo

O trabalho vem sendo pensado e desenvolvido desde 2019

Fred Marcovici

Um dos depoimentos ao documentário “Eu Sou Porque Nós Somos” da Cia Clandestinos de Uruguaiana

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A Cia Clandestinos de Teatro, Dança e Circo, desenvolve em Uruguaiana o projeto “Eu Sou Porque Nós Somos”, documentário que destaca o papel, vozes, e falas de homens e mulheres inspiradoras na luta pela construção da consciência negra no município de fronteira.

O trabalho, segundo Douglas Pereira, diretor do grupo, vem sendo construido desde 2019, por meio do – Núcleo de Pesquisa Afro.

A companhia de artes independente atua em seu ofício para todos os cantos da cidade com a produção de cursos, oficinas, workshops, espetáculos e projetos artístico-culturais, também incluindo documentários no seu portfólio .

“Eu Sou Porque Nós Somos - Documentário”, é um dos programas contemplados pelo chamamento público da Lei Paulo Gustavo. A realização do projeto é pela Cia Clandestinos, Vivenda das Artes, em parceria com a Ubuntu Produções.

Segundo Pereira, a equipe busca compartilhar a história, as memorias, as lutas e as conquistas de pessoas que dedicaram suas vidas a uma causa maior: ajudar na construção de uma cidade menos desigual, trabalhando na conscientização da importância de uma sociedade ativa na luta contra o racismo.

A Clandestinos tem entrevistado uma sequência de 11 personalidades municipais importantes para a luta da construção da consciência negra, entre elas, Stael Soraya, professora da rede pública que é ativista e feminista do movimento social negro.

A proposta inicial é de concluir e apresentar o documentário no próximo mês de maio – significativo à causa em debate.

Em 31.12.1884, Uruguaiana, antecipando-se à proclamação da Lei Áurea (ano de 1888), efetua a abolição da escravidão no município, conforme Ata da Sessão Extraordinária Comemorativa da Redenção dos Escravos da Cidade e Município de Uruguaiana.

Este é o terceiro projeto realizado pela Cia Clandestinos com recursos da Lei Paulo Gustavo, que viabiliza um dos maiores investimentos diretos ao setor cultural brasileiro e simboliza a resiliência e resistência da classe artística durante os anos da pandemia da Covid-19, que limitou o acesso dessas pessoas às atividades no setor.

Como carrega no nome, a lei também é uma homenagem ao artista símbolo da categoria, Paulo Gustavo, vitimado pela doença.


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