Cinema estreia "Gal" e novo "Exorcista"

Do universo artístico e musical para o cinematográfico, uma das novidades nas telonas a partir de hoje é “Meu Nome é Gal”, protagonizado por Sophie Charlotte. Com direção de Dandara Ferreira e de Lô Politi, que também assina o roteiro, o filme conta a história de Gracinha, como era conhecida antes de ser tornar Gal Costa. A jovem se muda para o Rio de Janeiro, onde se junta aos companheiros de vida Caetano Veloso, interpretado por Rodrigo Lelis; Maria Bethânia, vivida pela própria diretora Dandara Ferreira; Gilberto Gil, na pele de Dan Ferreira; e Dedé Gadelha, trazida à telona pela atriz Camila Márdila. 

O recorte temporal e artístico do filme mergulha no breve e efervescente momento da Tropicália, o principal movimento da contracultura no Brasil, responsável pela maior mudança musical e comportamental que o país já viveu. Gal Costa foi a principal voz feminina do Tropicalismo mas, para isso, precisou se libertar das amarras de uma timidez que quase a impediu de seguir sua vocação inequívoca. 

O filme mostra como ela e seus companheiros Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Jards Macalé, Tom Zé e Wally Salomão, ainda muito jovens, enfrentaram a dificuldade de serem tão vanguardistas em meio ao conservadorismo e à violência impostos pela ditadura militar no Brasil. Ainda no elenco, Luis Lobianco, Chica Carelli e George Sauma.

Com 57 anos de carreira musical, seus sucessos atemporais e que são parte da cultura nacional fazem parte da trilha sonora do filme. “Meu Nome é Gal”, canção composta por Erasmo e Roberto Carlos em 1969; “Baby”, “Divino Maravilhoso”, “Eu Vim da Bahia”, “Alegria, Alegria”, “Coração Vagabundo”, “Mamãe, Coragem”, “Vaca Profana”, “Festa do Interior”, entre outras canções ganham destaque no filme. Gal Costa morreu em São Paulo no dia 9 de novembro de 2022.

Exorcista

Também estreia nesta quinta-feira “O Exorcista -- O Devoto”, com o retorno de Ellen Burstyn como Chris MacNeil, a mãe da Regan, vivida por Linda Blair no original de 1973. Quando “The Exorcist”, baseado no best-seller de William Peter Blatty, foi lançado, alcançou recordes de bilheteria e recebeu 10 indicações ao Oscar, tornando-se o primeiro filme de terror a ser indicado ao prêmio de Melhor Filme. Depois de 50 anos, o filme, considerado um dos mais aterrorizantes da história, ganha nova versão, com direção de David Gordon Green. 

Agora, ao invés de uma única possuída, são duas as jovens que, depois de desaparecer, retornam totalmente modificadas. A produção conta a história de Victor Fielding, vivido por Leslie Odom Jr., que desde a morte de sua esposa grávida em um terremoto no Haiti, há 12 anos, Victor Fielding pai que criou sozinha sua filha Angela, interpretada por Lidya Jewett, da série “Good Girls”. O ponto de ruptura do filme começa quando Ângela e sua amiga Katherine desaparecem na floresta e retornam três dias depois, sem memória do que aconteceu com elas. Logo, vários eventos aterrorizantes são desencadeados.