Cinema francês, suspense e teoria na telona

Cinema francês, suspense e teoria na telona

Festival Varilux estreia ao lado do thriller "Veja Por Mim" e do potente "Teoria dos Vidros Quebrados"

Marcos Santuário

Filme ‘Peter Von Kant’, com Denis Ménochet e Isabelle Adjani, é um dos destaques do Festival Varilux 2022

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Entre as novidades desta quinta-feira, dia 23, nos cinemas está a nova safra do cinema francês, a partir da programação do Festival Varilux.

Repleta de histórias potentes e inspiradoras, a 13ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês 22, realizado nacionalmente e simultâneo em quase todos os estados brasileiros, vai até dia 6 de julho. Estão sendo exibidas 17 obras inéditas e recentes da filmografia francesa e além de dois filmes como homenagem: a um clássico e em comemoração aos 400 anos do dramaturgo francês Molière.

Na lista de inéditos estão comédias, dramas, suspenses e romances, de diretores como François Ozon, Cédric Klapisch, Asghar Farhadi e Louis Garrel. Filmes premiados como “O Destino de Haffmann”, de Fred Cavayé, vencedor nas categorias Melhor Atriz e Melhor Filme (Prêmio do Público) no Festival du Film de Sarlat 2021 e “Peter Von Kant”, de François Ozon, indicado ao Urso de Ouro de Melhor Filme no Festival de Berlim em 2022. 

Os fãs do cinema francês poderão rever na telona estrelas e astros consagrados como Isabelle Adjani, Emmanuelle Bercot e Denis Ménochet, em “Peter Von Kant”; Virginie Efira, em “Esperando Bojangles” e “O Segredo de Madeleine Collins”; Daniel Auteuil, em “O Destino de Haffmann”; Gilles Lellouche, em “Golias”, “Kompromat” e “O Destino de Haffmann”; Pierre Niney, em “Golias”; e Romain Duris, em “Esperando Bojangles” e “As Aventuras de Molière”.

Outra novidade de hoje nas telas é “Veja Por Mim”, thriller de ação e suspense com Natalie Brown, Laura Vandervoort e Jessica Parker Kennedy. O foco é na jovem Sophie, uma esquiadora que é diagnosticada com retinite pigmentosa e perde a visão. Depois disso, exercita sua independência e ganha dinheiro como cuidadora de animais domésticos de pessoas que viajam. Ela fica na casa dos viajantes até seu retorno. E é em uma destas casas que é vítima de criminosos que invadem a mansão isolada em busca de cofre escondido. A única saída de Sophie é confiar em Kelly, uma gamer que será seus olhos através de um aplicativo em seu celular.
A trama de gato e rato entre Sophie, Kelly e os bandidos possui diversos pontos de virada que ajudam a manter a tensão alta nos mais de 90 minutos de filme. E elas acontecem principalmente ao subverter nossas expectativas em relação aos personagens. Sophie está longe de ser a “ceguinha boazinha e inocente”, Kelly é bem mais do que uma gamer de computador e os bandidos, possuem, cada um, suas motivações para o crime. Detalhe importante é que a protagonista do filme é, realmente, uma deficiente visual.

Estreia também a coprodução Uruguai/Brasil/Argentina “A Teoria dos Vidros Quebrados”, longa com roteiro e direção de Diego Fernández. Ganhador, no Festival de Gramado de 2021, do principal prêmio da mostra de longas estrangeiros e de público, o filme foi o uruguaio escolhido para representar o país no Oscar em 2022. Inteligente e envolvente, o roteiro do longa tem como base o experimento de psicologia social que dá nome ao filme. A premissa: uma vez iniciada ação de violência, como quebrar vidro de carro, começa processo interno nos indivíduos que os leva a vandalizarem o objeto.

 


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