Cinema independente e homenagem a Julien Temple marcam festival de Buenos Aires
Bafici ocorre até domingo com a exibição de centenas de filmes
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O cineasta britânico Julien Temple foi o grande homenageado da edição 21 do Buenos Aires Festival Internacional de Cine Independiente (Bafici), que acontece na capital Argentina até o próximo domingo. Iniciado no último dia 3, com exibição do longa argentino “Claudia”, de Sebastian de Caro, o Bafici exibe centenas de filmes e promove projeções ao ar livre, movimentando, ainda mais a já intensa programação cultural da cidade de Buenos Aires.
No último final de semana, entre uma intensa programação com produções experimentais e exibição de clássicos como “Alien, o Oitavo Passageiro” e “Karatê KID”, Julien Temple falou sobre sua carreira e sobre o seu encontro com uma forma pessoal de se expressar. O diretor britânico veio ao festival independente para apresentar seus filmes que têm o protagonismo de nomes como David Bowie, Keith Richards e The Kinks.
Conhecido também como um dos descobridores do punk, Temple começou a filmar os Sex Pistols quando ainda não eram uma lenda, e fez seu primeiro filme, de 1980, “A Grande Estafa do rock ‘n’ roll”. Para além dos Pistols, Temple também fez filmes e videoclipes com nomes como Judas Priest, The Kinks, Bowie, The Rolling Stones, Paul McCartney, Jean-Michel Jarre, Depeche Mode, Culture Club, Iggy Pop, Blur, Scissor Sisters e até Whitney Houston e Janet Jackson.
Nesta edição, o Bafici mostra um novo interesse do cineasta: as cidades. Filmes que fazem parte da sessão “Britannia Lado B”, del British Council mostram isso: “Requiem para Detroit?” (2009), “Londres, a Babilônia Moderna” (2012), “Río 50 Graus: Vamos CaRIOca!” (2014), e “Habaneros” (2017). Para finalizar, o Festival mostra, ainda “Keith Richards: A Origem de la Espécie”, de 2016, entre outras.
O cinema brasileiro também está presente em Buenos Aires. Entre os títulos do Brasil em exibição estão “Temporada”, de André Novaes Oliveira; “Divino Amor”, de Gabriel Mascaro; “Mr. Leather”, de Daniel Nolasco; e “A Sombra do Pai”, de Gabriela Amaral Almeida. Este ano as exibições do Bafici mudaram de lugar, abandonando a rede Village, adquirida pelos mexicanos da Cinepolis, e partindo para as salas do Multiplex Belgrano, transformado em ponto de encontro dos cinéfilos.
