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Verão

Especial

CinePsiquiatria realiza sessão comentada de "Parasita" no shopping Praia de Belas, em Porto Alegre

Projeto tem por objetivo desmistificar o tratamento clínico e abordar aspectos psicológicos e psiquiátricos

Exibição ocorreu no GNC Cinemas do Shopping Praia de Belas neste sábado | Foto: Alina Souza

O GNC Cinemas do Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre, sediou mais uma edição mensal do projeto CinePsiquiatria, da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e  da Associação Psiquiátrica da América Latina (APAL) em conjunto com a Associação Psiquiátrica Cyro Martins (CCYM), na manhã deste sábado.

A atividade teve a exibição do filme "Parasita", do diretor sul-coreano Bong Joon Ho, vencedor do Oscar 2020, seguido de um debate entre o público e profissionais da área convidados. “Este projeto é anti-estigma, é contra o preconceito...Ele nasceu com a ideia de usar da cultura para levar informações à população. E qual a intenção? É tirar a distância da ciência e da população”, explicou o presidente da ABP e da APAL, Antônio Geraldo da Silva. 

Questões presentes nos filmes exibidos, como transtornos mentais e comportamentos dos personagens, são discutidos depois das sessões, desmistificando o tratamento clínico e abordando aspectos psicológicos e psiquiátricos. “Quando se reduz o estigma, a pessoa passa a cuidar da sua doença e quando faz isso faz prevenção do suicídio...Reduzir  estigma é salvar vida, é prevenir o suicídio, é dar melhor qualidade de vida à população...” enfatizou. “Temos ainda outro problema que é o auto-estigma”, observou o presidente da entidade.

Antônio Geraldo da Silva afirmou que até os nomes das doenças psiquiátricas são tratados de modo preconceituoso pela sociedade.  “Falam assim: essa reunião esquizofrênica”, citou como exemplo.  “Usar o nome de uma doença para classificar uma pessoa é de um preconceito sem tamanho”, acrescentou.

Já o vice presidente da CCYM, Euclides Gomes, reforçou que o projeto CinePsiquiatria, criado há quatro anos, visa “lutar contra a psicofobia que é o preconceito contra a doença mental e contra os doentes acometidos deste mal”. De acordo com ele, a proposta é utilizar filmes que tenham conteúdo psiquiátrico. “Quase todos filmes têm”, lembrou.

Sobre a escolha do filme Parasita, ele considerou que a história reflete uma doença social. “É um filme que fala sobre as diferenças de classe e sobre a impossibilidade, no caso do filme: de existir uma mudança. No final tudo volta ao que era….”, sintetizou. “O bom e o mau é um conceito puramente filosófico. O filme demonstra claramente isto. A sociedade se comporta de maneira muito similar em qualquer cultura”, concluiu Euclides Gomes.

Correio do Povo