"Cinquenta Tons Mais Escuros" falha na tentativa de ser um romance erótico
Sequência de "Cinquenta Tons de Cinza" chega aos cinemas nesta quinta-feira
publicidade
Christian Grey, que não gosta de ser contrariado, corre atrás da jovem e pede para voltar e aceita os novos termos que a personagem o submete: sem regras, sem contratos e sem segredos. Enquanto os dois começam a construir um relacionamento baseado em confiança e estabilidade, figuras sombrias do passado do Sr. Grey começam a assombrar o casal, determinadas a destruir todas as suas esperanças de um futuro juntos.
Mesmo com o sucesso de bilheteria que "Cinquenta Tons de Cinza" arrecadou durante sua passagem pelos cinemas, "Cinquenta Tons Mais Escuro" não parece ter aprendido com os erros do primeiro filme. O roteiro de Niall Leonard cria situações fantasiosas para encurralar estes amantes para logo em seguida solucioná-las ou a base de dinheiro, ou Christian Grey mandou sua equipe dar um jeito ou porque o amor é mais forte que tudo.
São conflitos que provocam mais risadas do que suspense no espectador. Sem contar os diálogos com frases de efeito bastante antiquadas e forçadas. A direção fraca de James Foley parece mais preocupada em fantasiar este conto de fadas do século 21 com "rapidinhas", presentes caros e comportamentos instáveis. Falta firmeza na direção que deixa o casal alheio ao resto do mundo, parecendo dois adolescentes mimados do que adultos.
Dakota Johson e Jamie Dornan não apresentam nenhuma química que convença que estão realmente apaixonados e que não vivem um sem o outro. Perceba que no início do filme Anastasia está triste porque está sem o amado. A sua expressão continua a mesma após ter reconciliado com Christian Grey. "Cinquenta Tons Mais Escuro" ainda conta a participação inútil de Kim Basinger que é um tanto embaraçosa para uma atriz com tamanho repertório no cinema. O único fator positivo do filme é a trilha sonora que consegue provocar mais em nosso imaginário com canções de Sia, Halsey, ZAYN e entre outras, do que a ação em cena.
"Cinquenta Tons Mais Escuro" se revela mais uma piada diante de tantas situações constrangedoras que fica longe de ser considerado um romance erótico pra ser levado a sério.