Colômbia celebra meio século do clássico "Cem anos de solidão"
Até sábado, serão realizadas sessões de leitura da obra em Cartagena
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Até sábado, 60 pessoas lerão, em ciclos de duas horas, trechos do romance sobre a família Buendía, que foi lançado em junho de 1967 pela editora Sudamericana de Buenos Aires. A leitura contará com a participação de 20 literatos e personalidades que comparecem ao Hay Festival, 20 autoridades de Cartagena e amigos do "Gabo" - como era chamado -, e 20 cidadãos escolhidos, após uma convocatória pública dos organizadores.
"Deve-se manter a atenção aos clássicos, (...) e esta é uma das maiores criações literárias", explicou Abello, acrescentando que a leitura será realizada em diferentes idiomas, como espanhol, francês, inglês e português. Cartagena foi escolhida como lugar de abertura das comemorações por ser considerada "a cidade de García Márquez", acrescentou. A cidade caribenha foi testemunha dos primeiros passos de Gabo como jornalista, no diário El Universal, e guarda as cinzas do escritor, nascido no município de Aracataca em 1927. Uma das casas que pertenceram a ele também se encontra na cidade. Ganhador do Nobel em 1982, ele morreu em abril de 2014 no México, onde vivia com a sua esposa, aos 87 anos.
Em parceria com a Bliblitoeca Nacional da Colômbia (BNC), a homóloga argentina, com sede na capital, lançou um uma exposição com itens pertencentes ao jornalista, como o medalhão e o diploma do Nobel, e a máquina de escrever na qual a obra aniversariante foi datilografada. "Este intercâmbio se deu com todos os protocolos de segurança e com o aval da família García Márquez", afirmou a diretora da BNC, Consuelo Gaitán, quem considerou que "é importante dirigir o olhar para a cidade e que ajudou o escritor a publicar um livro que mudou o panorama literário do mundo".