Colômbia celebra meio século do clássico "Cem anos de solidão"

Colômbia celebra meio século do clássico "Cem anos de solidão"

Até sábado, serão realizadas sessões de leitura da obra em Cartagena

AFP e Correio do Povo

Obra escrita por Gabriel García Márquez foi lançada em 1967

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A comemoração dos 50 anos da publicação de "Cem anos de solidão", a obra mais famosa do Nobel de Literatura colombiano Gabriel García Márquez, começou nesta quinta-feira, com uma leitura coletiva na cidade caribenha de Cartagena. "Organizamos, no âmbito do Hay Festival, uma leitura coletiva com a ideia de abrir o ano em que se recorda esse sucesso, essa epopeia", disse à Jaime Abello, diretor da Fundação para o Novo Jornalismo Ibero-americano (FNPI), fundada pelo escritor.


Até sábado, 60 pessoas lerão, em ciclos de duas horas, trechos do romance sobre a família Buendía, que foi lançado em junho de 1967 pela editora Sudamericana de Buenos Aires. A leitura contará com a participação de 20 literatos e personalidades que comparecem ao Hay Festival, 20 autoridades de Cartagena e amigos do "Gabo" - como era chamado -, e 20 cidadãos escolhidos, após uma convocatória pública dos organizadores.

"Deve-se manter a atenção aos clássicos, (...) e esta é uma das maiores criações literárias", explicou Abello, acrescentando que a leitura será realizada em diferentes idiomas, como espanhol, francês, inglês e português. Cartagena foi escolhida como lugar de abertura das comemorações por ser considerada "a cidade de García Márquez", acrescentou. A cidade caribenha foi testemunha dos primeiros passos de Gabo como jornalista, no diário El Universal, e guarda as cinzas do escritor, nascido no município de Aracataca em 1927. Uma das casas que pertenceram a ele também se encontra na cidade. Ganhador do Nobel em 1982, ele morreu em abril de 2014 no México, onde vivia com a sua esposa, aos 87 anos.

Em parceria com a Bliblitoeca Nacional da Colômbia (BNC), a homóloga argentina, com sede na capital, lançou um uma exposição com itens pertencentes ao jornalista, como o medalhão e o diploma do Nobel, e a máquina de escrever na qual a obra aniversariante foi datilografada. "Este intercâmbio se deu com todos os protocolos de segurança e com o aval da família García Márquez", afirmou a diretora da BNC, Consuelo Gaitán, quem considerou que "é importante dirigir o olhar para a cidade e que ajudou o escritor a publicar um livro que mudou o panorama literário do mundo".

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