Coleção de arte particular de Bowie é exposta em Londres para leilão

Coleção de arte particular de Bowie é exposta em Londres para leilão

Mais de 350 obras do acervo do músico serão vendidas pela Sotheby’s

Correio do Povo

Mostra fica aberta para exposição até o dia 11, quando acontece o leilão

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A renomada casa londrina de leilões Sotheby’s inaugurou nesta terça-feira uma exposição com mais de 350 obras de arte da coleção privada de David Bowie, morto em de janeiro, aos 69 anos. Conhecido pela personalidade excêntrica, o músico mantinha um acervo com trabalhos que abrangem desde a arte de vanguarda britânica do pós-guerra ao expressionismo alemão. “Ele nos permitiu ver o mundo de uma nova maneira e os artistas que ele colecionava fazem parte disso”, explica curadora da mostra "Bowie/Collector", Beth Greenacre, para o jornal The Guardian.

A exposição fica aberta para visitação até o dia 11 de novembro, quando acontece um leilão das peças. Durante o período, a casa de leilões organiza conversas e eventos públicos nos quais diferentes especialistas analisam a coleção do cantor, filho da charmosa Londres dos anos 1950, pela qual nunca perdeu o interesse. “Tudo se volta a ele ser interessado em ser quem realmente era, a cultura na qual cresceu, o mundo de seus pais, de sua infância”, esclarece o especialista em arte moderna Simon Hucker. “Ele era um britânico apaixonado”, conclui 

A consultora Kate Chertavian, que trabalhou com Bowie no final do século XX, recorda o lado mais intimista do artista, sua persona “intelectual, quieta, curiosa e nerd”. “Ele investia e dedicava muito tempo lendo sobre as peças em sua coleção. Era um homem mergulhado em livros”, fala ao The Guardian. Dentre o catálogo da mostra, destacam-se uma pintura que o compositor criou em colaboração com Damien Hirst, um trabalho do renascentista Tintoretto, avaliada em entre 118 mil e 177 mil euros, e os trabalhos de David Bomberg e Stanley Spencer.

Também há criações como "Mendica", de Francis Picabia, cujo preço estimado de leilão se situa entre 705 mil e 940 mil euros e uma colagem de Jean-Michel Basquiat que será arrematado previsivelmente por entre 590 mil e 825 mil euros. Uma pequena parte da obra do músico, composta por 30 peças das mais de 350 que hoje são mostradas, já foi exibida entre julho e agosto na capital britânica, em Los Angeles e Nova Iorque em setembro, e em Hong Kong em outubro.

O leilão também objetos pessoais do músico, como um toca-discos estereofonia de 1966 projetado por Achille e Pier Giacomo Castiglioni, que será venderá por entre 950 e 1.450 euros, e uma obra de Ettore Sottsas que sairá a leilão por entre 750 e 950 euros.

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