Com Céu e Skank, "Nivea Viva" homenageia Jorge Ben Jor neste domingo

Com Céu e Skank, "Nivea Viva" homenageia Jorge Ben Jor neste domingo

Espetáculo será no Anfiteatro Pôr do Sol, a partir das 16h30min, com participação do próprio Jorge

Luiz Gonzaga Lopes

Para a cantora Céu, a obra de Jorge Ben Jor é como se fosse uma escola musical para qualquer pessoa

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Após homenagear Elis Regina, Tom Jobim, o samba, Tim Maia e o rock brasileiro, a sexta edição do projeto Nivea Viva reverencia Jorge Duilio Lima Meneses, ou simplesmente Jorge Ben Jor, 72 anos, rei do suingue e da simpatia, nesta edição 2017. A abertura será neste domingo, a partir das 16h30min, no Anfiteatro Pôr do Sol, em Porto Alegre (houve apenas uma avant-première para convidados no dia 14 de março, no Vivo Rio), com apresentações gratuitas do próprio homenageado e dos convidados de outra geração da música brasileira: a cantora Céu e o grupo mineiro Skank.

Com direção geral de Monique Gardenberg, os convidados devem dar novas significações para a obra de Jorge, iniciada nos anos 1960 e que continua atual, apesar de alguns hiatos na carreira do músico. “Jorge é um inventor, ele sublinhou a África, trouxe o blues/rock para a bossa nova e criou o samba-rock. Jorge é um acontecimento na música popular brasileira e vamos festejar essa força criativa que influenciou tantas gerações”, explica Monique. Após a capital gaúcha, o espetáculo segue para o Rio (9/04), Fortaleza (7/05), Recife (21/05), Brasília (11/06) e, finalmente, São Paulo (dia 25/06). Monique explica que o show utiliza com telões de LED e muita referência cinematográfica, uma das predileções de Ben Jor. “Por isso, vamos usar imagens do clássico ‘Viagem à Lua’, de Georges Méliès, durante ‘Os alquimistas estão chegando’, e de ‘O pão nosso de cada dia’, de F.W. Murnau, em ‘Que pena’”, explica.


O repertório terá canções como “País tropical” (Skank e Céu), “Chove chuva” (Céu), “Balança Pema” (Skank) e “Taj Mahal” (Ben Jor, Céu e Skank), com a cama musical sendo executada alternadamente entre o Skank e a banda do Zé Pretinho, tocando juntas na parte final do show com “País tropical” e “Fio maravilha”. A diretora de marketing da Nívea, Tatiana Ponce, destaca que a escolha de Jorge Ben Jor tem a ver com a alegria e este tropicalismo que faz com que a música do projeto seja para sentir na pele, como é o conceito da Nivea para esta plataforma. “Eu fico muito contente de começar por Porto Alegre, onde tenho muitos amigos. Achei legal terem me escolhido e o os meninos do Skank e a princesa Céu para fazer este show. Os ensaios e a première para convidados foram de alegria geral. Acho que vai ser assim o tempo inteiro”, declara o homenageado.

Uma inspiração para outros artistas

Para a cantora Céu, a obra de Jorge Ben Jor é como se fosse uma escola musical para qualquer pessoa, seja ela músico ou apreciador. “A música dele é forte para mim, foi sempre especial na construção dos meus gostos e da minha carreira. Tenho todos os discos”, afirma. Sobre o projeto, Céu ressalta que é muito respeitoso com os artistas que estão no palco. “Um concerto com este tipo de homenagem em praças públicas para cantar a paixão por um músico da grandeza do Jorge. É realmente um acontecimento”, comenta Céu, cuja mãe Carolina Whitaker foi namorada de Toquinho e amiga de Jorge Ben Jor e para quem os músicos compuseram a música “Carolina Carol Bela”. A cantora, que lançou seu mais recente disco, “Tropix”, em 2016, tem como preferências da carreira do ídolo os discos “Força Bruta” (1970) e “Tábua de Esmeralda” (1974).

A música marcante de Jorge para Céu é “Xica da Silva”. “Esta canção sintetiza a capacidade que ele tem de compor desde aquela época, sintonizado com causas e temas sempre essenciais, mas de uma maneira simples, criando uma canção popular, cuja letra, melodia e batida chega direto ao coração, com uma intensidade ímpar”. Por fim, Céu lembra que o público gaúcho sempre estimula qualquer artista a dar tudo de si. “O show que fiz aí do Tropix, no ano passado, foi muito forte, intenso. A resposta das pessoas foi muito impactante. Sinto uma grande conexão com vocês, tanto que já vou voltar no dia 1º de julho para um show no Opinião”, afirma a cantora, que na semana que passou fez participação no show do Duran Duran, no Lollapalooza, em SP, e em Belo Horizonte.

O vocalista e guitarrista do Skank, Samuel Rosa, frisa que participar desta homenagem é a oportunidade de estar novamente próximo com o padrinho da banda. “Quando a gente ainda era só um grupo mineiro tentando despontar, o Jorge Ben Jor foi nosso padrinho, nos levando nas tevês e rádios. Foi o cara que mais inspirou o Skank, não estou dizendo isso agora. Nove entre dez bandas da nossa geração citam o Jorge Ben Jor como referência. Foi conexão total nos 20 ensaios. Com a Céu, nos demos contas que somos de vertentes diferentes, mas temos uma intersecção, de ouvirmos alguns mesmos discos”, revela.

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