Com show explosivo, Fresno prova que o emo virou clássico

Com show explosivo, Fresno prova que o emo virou clássico

Banda gaúcha se apresentou neste domingo no Auditório Araújo Vianna

Correio do Povo

Turnê "Vou Ter Que Me Virar" retorna a Porto Alegre e marca o último show do ano da banda

publicidade

É inegável que o emo revival é o momento. Quase duas décadas após seu primeiro auge, o gênero musical agora se exterioriza com estilo repaginado e incorporado com novas texturas sonoras — seja com o fenômeno Olivia Rodrigo e a música “good 4 u”, com o rapper que se transformou em rockeiro Machine Gun Kelly ou até mesmo com o indie-folk da queridinha da crítica Phoebe Bridgers.

No entanto, a Fresno sequer precisou atravessar pelo processo de reviver algo que sempre esteve presente em sua musicalidade. E é por isso que a banda pode afirmar que venceu o mais desafiador dos testes: o do tempo. Com 23 anos de trajetória, o trio formado por Lucas Silveira (vocal e guitarra), Gustavo Mantovani (guitarra) e Thiago Guerra (bateria) está na sua melhor fase.

Pela segunda vez em Porto Alegre neste ano, a turnê do álbum “Vou Ter Que Me Virar” (2021) contempla a nostalgia para os fãs mais antigos sem deixar de lado uma energia revigorante para o público recém chegado ao universo da Fresno.

A apresentação é recheada de novas músicas, mas é com os hits antigos — performados de maneira acústica com Lucas e sua guitarra — que o ponto alto do show é atingido. É justamente nesse flerte com o rock de arena à lá Dave Grohl que a plateia canta emocionada em plenos pulmões aos refrões pegajosos de “Desde Quando Você Se Foi”, “Porto Alegre”, “Redenção” e “Eu Sei”.

Também há espaço para guitarras pesadas, baterias marcantes e vocais gritados: “Diga, parte 2”, “Milonga”, “Quebre as Correntes” e “Revanche” mostram que a banda sabe o momento exato de intensificar o show. E para fechar a noite, "Casa Assombrada" se materializa como a nova leva de hits da Fresno. 

Nove álbuns de estúdio, uma base de fãs extremamente fiel e o impulso de sempre se reinventar marcam uma carreira de sucessos alcançados em todas as esferas e, principalmente, mostram que o patamar atingido pela Fresno é um feito inédito para uma banda saída do Rio Grande do Sul. 

A mistura de se manter associado ao movimento emo que acompanha a banda desde a época underground e a plena habilidade de conseguir dialogar com a nova geração que faz a Fresno ter um lugar cativo dentre os atos musicais mais relevantes da cena nacional. 

E tudo isso foi entregue de forma impecável neste domingo no Araújo Vianna. Em cima do palco, uma banda madura e consciente do momento de auge que vive. Na plateia, um público disposto a lotar o espaço para cantar alto todas as canções. O resultado é uma catarse coletiva.

*com colaboração de Mariana Necchi


Mais Lidas

Guia de Programação: a grade dos canais da TV aberta desta quarta-feira, dia 1 de maio de 2024

As informações são repassadas pelas emissoras de televisão e podem sofrer alteração sem aviso prévio

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895