Começa o 50º Festival de Cinema de Gramado

Começa o 50º Festival de Cinema de Gramado

Nesta sexta, dia 12 de agosto, a festa do cinema dá a largada e promete a exibição de 14 filmes divididos entre a competição brasileira e a ibero-americana

AE

Nesta sexta, dia 12 de agosto, a partir das 16h, estará começando o 50º Festival de Gramado

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Quando Marcélia Cartaxo e o diretor Cristiano Burlan subirem ao palco do Cine Embaixador, o Palácio dos Festivais de Gramado, para a apresentação de "A Mãe", será difícil segurar a emoção. Nesta sexta, dia 12 de agosto, a partir das 16h, estará começando o 50º Festival de Gramado.

Em 1972, o primeiro Festival de Cinema de Gramado surgiu na sequência de uma pioneira Semana de Cinema Brasileiro. Consagrou Arnaldo Jabor e Darlene Glória por "Toda Nudez Será Castigada". Na serra gaúcha ecoou o nuevo tango de Astor Piazzolla. Naquele tempo, o festival ocorria no começo do ano, com as hortênsias em flor. Gramado - o festival - veio para o inverno. Começa com um filme especial.

Mães que procuram os filhos desaparecidos. Burlan perdeu a mãe e o irmão, vítimas da violência. Transformou a dor em grande cinema. Na sequência de "A Mãe, virão a premiação da atriz gaúcha Araci Esteves - a Anahy de las Misiones - com o troféu Cidade de Gramado e o primeiro concorrente latino, o peruano "La Pampa", de Dorian Fernández-Moris.

Depois de dois anos online, o festival retorna híbrido. Às 20h, o Canal Brasil vai transmitir "Ademã - A Vida e as Notas de Ibrahim Sued", de Isabel Perrin e Paulo Henrique Fontenelle. Haverá sempre sessões nesse horário.

SETE. Em sua 50.ª edição, um marco de longevidade, o festival apresenta sete filmes na competição brasileira. "Além de A Mãe", "A Porta ao Lado", de Júlia Rezende, "Marte Um", de Gabriel Martins, "Noites Alienígenas", de Sérgio de Carvalho, "O Clube dos Anjos", de Angelo Defanti, "O Pastor e o Guerrilheiro", de José Eduardo Belmonte, e "Tinnitus", de Gregório Graziozi.

No começo dos anos 1990, no governo Collor, o desmantelamento das estruturas de produção e distribuição levou o festival a se abrir para a produção latina, para continuar sobrevivendo. Com o tempo, as competições brasileira e latina passaram a coexistir.

A mostra estrangeira deste ano também terá sete longas. Será ibero-americana. Além de "La Pampa", concorrerão aos troféus Kikito - 9, de Martin Barrenechea e Nicolás Branca, "Cuando Oscurece", de Néstor Mazzini (ambos coproduções argentino-uruguaias), "El Camino del Sol", de Claudia Sainte-Luce, do México, "Imersión", de Nicolas Postiglione, coprodução chileno-mexicana, "La Boda de Rosa", de Iciar Bolain, da Espanha, e "O Último Animal", de Leonel Vieira, coprodução entre Portugal e Brasil.

O festival prestará homenagens a Marcos Palmeira, que receberá o Troféu Oscarito. Só para lembrar, ele já venceu o Kikito de melhor coadjuvante em 1988, por "Dedé Mamata", de Rodolfo Brandão.


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