Comitê Brasileiro de História da Arte exige punição a extremistas que destruíram patrimônio público

Comitê Brasileiro de História da Arte exige punição a extremistas que destruíram patrimônio público

Obras de arte foram até roubadas na invasão de manifestantes aos prédios em Brasília

R7

'As Mulatas', pintado por Di Cavalcanti e exposto no Palácio do Planalto, foi atacado por vândalos

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O Comitê Brasileiro de História da Arte (CBHA) divulgou nesta segunda-feira, dia 9, uma nota pedindo punição aos manifestantes que destruíram obras de arte e o patrimônio público na invasão aos prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto, em Brasília.

“Nesse momento em que a sociedade assiste às notícias de destruição de várias obras de arte de notória importância histórica e de monumentos da arquitetura modernista e seus bens móveis integrados, é preciso exigir a punição dos responsáveis nos termos da lei”, disse o CBHA em nota à imprensa.

Entre as obras destruídas estão o quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti, avaliado em R$ 20 milhões. A escultura Bailarina, de Brecheret, foi roubada do Congresso Nacional.

O Comitê Brasileiro de História da Arte é uma entidade criada em 1972 que reúne pesquisadores da área e docentes de diversas instituições de Ensino Superior no país.

A destruição aconteceu neste domingo, quando extremistas bolsonaristas inconformados com o resultado das eleições passaram pelas barreiras policiais e invadiram os prédios na Praça dos Três Poderes.

Veja a nota de repúdio:

“O Comitê Brasileiro de História da Arte, entidade criada em 1972 e que reúne pesquisadores e pesquisadoras da área, docentes de diversas Instituições de Ensino Superior no país, diante dos acontecimentos recentes ocorridos em Brasília, vem manifestar seu repúdio aos ataques de caráter terrorista dirigidos às sedes dos três poderes de Estado, considerando tratar-se do maior ato iconoclasta da história do Brasil, ocorrido na presente data.

Nesse momento em que a sociedade assiste às notícias de destruição de várias obras de arte de notória importância histórica e de monumentos da arquitetura modernista e seus bens móveis integrados, é preciso exigir a punição dos responsáveis nos termos da lei.

Sobretudo, não há como negar, porém, que a violência política atinge gravemente o patrimônio cultural brasileiro. Sendo assim, o CBHA vem reafirmar seu compromisso com a democracia, compreendendo que seu fortalecimento, nesse momento da vida nacional, mais do que nunca depende da firme defesa da segurança e preservação do patrimônio cultural brasileiro.

Cabe lembrar que Brasília foi inaugurada como monumento ao futuro e símbolo da utopia de construção de uma civilização moderna e original, que encontrou na criação artística sua maior expressão. Sendo assim, preservar Brasília como bem do patrimônio cultural nacional equivale a defender o futuro da democracia no Brasil.”


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