"Como dói a morte de Gabo", desabafa Eduardo Galeano
No Rio de Janeiro, escritor uruguaio lamentou perda de García Márquez
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"O que mais dói são as belas palavras que a morte nos tomou, nos roubou. Acredito que elas, as palavras roubadas, escapam a menor distração, fogem das páginas dos livros de Gabo e sentam ao nosso lado em algum café de Cartagena, Buenos Aires, Montevidéu ou aqui no Rio de Janeiro". "Estou contra a inflação da palavra e gostaria de falar pouco, e o que tenho a dizer sobre ele e a amizade que nos uniu já está dito em poucas palavras (...). Então bebamos mais uma taça à saúde do saudável Gabo para rirmos juntos, porque seguirá sempre vivo em suas palavras...".
Jornalista, narrador e ensaísta, Galeano ganhou reconhecimento por sua obra de 1971 "As veias abertas da América Latina", na qual denunciou a opressão no continente.