Companhia de Ópera do RS encena ‘Carmen’ no Theatro São Pedro
Famosa obra de Georges Bizet ganha duas récitas, neste sábado e domingo, dias 6 e 7 de abril, em Porto Alegre

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A Companhia de Ópera do Rio Grande do Sul (CORS) retorna ao Theatro São Pedro (Praça da Matriz, s/n), com a ópera “Carmen”, uma das óperas mais famosas de todos os tempos de Georges Bizet, para duas récitas: 6 de abril (sábado), às 20h, e, 7 de abril (domingo), às 18h. Ingressos no site do TSP.
A história, dividida em quatro atos, acompanha a jovem cigana Carmen (Camila Umpiérrez), que seduz o cabo Don José (Maicon Cassânego). Após conquistá-lo, ela volta para os braços do toureiro Escamillo (Roger Nunes), sobre quem pesa uma profecia de morte. Inconformado, Don José confronta a cigana, terminando por assassiná-la.
O enredo rico em drama, violência e comédia é embalado pelas composições grandiosas de Bizet, que serão executadas pelo pianista Patrick Menuzzi e pelo coro formado Bruno Mezzomo, Cecília Salatti, Cristiano Mariotti, Gaia Schenini, João Ferreira Filho e Paula Schwartz. Sérgio Sisto assina a direção musical da ópera.
A ambientação original da Sevilha da década de 1820 é trazida para os dias de hoje. Carmen se transforma na cantora de uma casa noturna, enquanto Escamillo é um famoso cantor de ópera vindo de Granada. Já o guarda Don José leva uma vida pacata ao lado da namorada Micaela até abandoná-la por Carmen.
Buscando dar maior intensidade dramática à história, o diretor cênico Carlos Rodriguez fez alterações na partitura, cortando ou adaptando a maioria dos coros, por exemplo. “O dueto de amor de Don José com Micaela antecede a famosa ‘Habanera’ cantada por Carmen, para criar uma narrativa que apresenta a vida pacata, quase monótona, do cabo antes do momento em que conhece o “furacão” Carmen, que modifica sua vida para sempre. A partir daí a história vai num crescendo rumo ao seu desfecho, sem ‘distrações’ na exposição dos acontecimentos”, explica.
Além de assinar a direção cênica e concepção do espetáculo, Rodriguez também é responsável pelos figurinos. Os cenários de Yara Balboni ajudam a atualizar a trama. A coreógrafa Andressa Pereira criou um balé especialmente para esta montagem com a intenção de jogar a luz de Veridiana Mendes na infância miserável de Carmen.
Carmen em 1875
Considerada a primeira ópera realista, ‘Carmen’ estreou em Paris, em 1875. A obra de Bizet teve um início complicado: sua crueza chocou as primeiras plateias, que estavam habituadas a espetáculos mais tradicionais e moralistas.
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